Com aulas presenciais suspensas, aplicativos e plataformas ganharam espaço na vida dos docentes

A nova realidade temporária pede adaptações e o lado profissional é um fator importante. Para driblar a suspensão das aulas presenciais, o corpo docente da Secretaria de Estado de Educação e Desporto tem buscado aplicativos e plataformas que reúnam alunos, professores, gestores e coordenadores para definir conteúdos, transmiti-los aos estudantes e tirar dúvidas, quando houver necessidade.

“É imprescindível destacar o cunho pedagógico que essas ferramentas possibilitam e como são úteis nesse momento de isolamento. As multiplataformas agregam novas experiências ao professor e a todos que estão envolvidos no processo. Percebemos claramente que alunos, professores, gestores e pais estão se reinventando, aprimorando suas práticas que antes tinham rotinas definidas e previamente programadas. Ao fim de tudo isso, não seremos mais os mesmos! Seremos pessoas preparadas para vivenciar novas formas de trocar conhecimentos entre todos os envolvidos na educação da população amazonense”, afirmou a diretora do Centro de Mídias de Educação do Amazonas (Cemeam), Wilmara Monteiro, que também é especialista em Informática e Educação.

Na Coordenadoria Distrital de Educação (CDE) 6, por exemplo, foram adotados grupos de Whatsapp, Telegram, Google Classroom, página no Facebook e, até mesmo, blogs e sites. Todo esse empenho é para garantir que os estudantes da zona leste de Manaus – onde estão situadas as escolas da Coordenadoria – recebam o conteúdo e se mantenham ativos durante o projeto “Aula em Casa”.

Já na CDE 1, responsável por escolas do Centro e da zona sul de Manaus, os alunos representantes de grêmios escolares criaram grupos de Whatsapp, por meio dos quais são repassados conteúdos, links de acesso, levantamento por turma que acompanha as aulas e outras informações. Os professores, por sua vez, aproveitam a cartela de exercícios do projeto e alguns enviam, ainda, suas próprias listas de atividades.

Coordenadora adjunta da CDE 6, Bárbara Corrêa explicou que o primeiro contato dos coordenadores com professores e dos educadores com alunos foi por meio de ligações telefônicas e Whatsapp. No total, são 1.345 professores envolvidos e, em média, 14.241 estudantes.

O Whatsapp tem sido a principal ferramenta utilizada por conta da acessibilidade. Lá, estão sendo criados grupos nas escolas por turma, série e ou turno para o acompanhamento. Mas a plataforma não é a única.

“Muitas escolas optaram por deixar o professor conselheiro das turmas administrarem os grupos. Em outras escolas, os professores responsáveis eram os do turno. Passada uma semana, muitos professores usaram o Telegram e Google Classroom para substituir o contato por Whatsapp. Nossas escolas também criaram sites e blogs, além de usarem o Facebook e Instagram para a comunicação e divulgação das aulas”, detalha Bárbara.

Além dos conteúdos do “Aula em Casa”, alguns professores criaram canais no Youtube e sites pessoais para compartilharem as aulas do projeto e, também, o material que eles mesmos estão preparando.

A CDE 3 também adotou essas medidas. Seus integrantes criaram, inclusive, um canal no Youtube, o “Canal CDE 3”, para ter mais uma ferramenta a seu favor. “Estamos trabalhando em parceria com gestores, professores, pedagogos e as famílias, que vêm correspondendo de maneira muito positiva a esse período pelo qual estamos passando”, avalia o coordenador adjunto Reginaldo Mendonça.

Alternativa – Porém, nem todos os alunos têm televisores ou Internet em casa para acompanhar as aulas. Para esse público, os professores da CDE 6 baixam o material e as aulas e compartilham com os alunos. “A equipe administrativa das escolas vai uma vez por semana na unidade para imprimir e distribuir o material das aulas, que estão em PDF”, diz a Bárbara Corrêa.

Professores – Manter a comunicação entre a Coordenadoria e as escolas é fundamental para que os trabalhos com os alunos corram bem. Aplicativos como Skype, Zoom Meetings, ezTalks, Google Hangouts, Microsoft Teams e GoToMeeting são algumas das plataformas gratuitas que permitem conferências com até 250 pessoas e podem auxiliar nos encontros virtuais.

A CDE 6 faz uso das plataformas para garantir a boa comunicação. “Nossa equipe da coordenadoria tem feito reuniões via Zoom, para planejarmos e conduzirmos melhor o trabalho. Fazemos, ainda, reunião com os gestores, tanto pelo Zoom como por teleconferência. Também fizemos reunião pelo Zoom com os nossos pedagogos para repassarmos informações importantes e esclarecermos as dúvidas”, finalizou Bárbara.

FOTOS: Cleudilon Passarinho e Divulgação

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