Para os amantes de flores e aqueles que apreciam belas paisagens naturais, a florada registrada pela equipe do programa Agro Amazonas, exibido todos os Domingos às 09h e às Quartas às 08h na programação da TV Encontro das Águas, canal 2.1, foi a maior da Região Norte. É que em Manaus, mais de 100 mil mudas de Pitaya, se encarregaram de fornecer ao produtor e a equipe do Agro Amazonas os melhores registros possíveis do florescer da planta que só acontece uma vez antes da colheita. O diferencial é que o fenômeno aconteceu com todas as mudas de uma única vez, mostrando que os primeiros dias de 2023 serão de fartura na colheita do produtor Cleber Medeiros.
A flor
A flor da Pitaya tem características únicas, começando primeiro pela dimensão que pode chegar até 20x20cm. Sua coloração ganha destaque pelo branco em suas pétalas e seu centro amarelado, além do espetáculo da visita das abelhas que produzem o som que indicam uma boa produção de mel vindo por aí. Mas o que chama a atenção é seu tempo de duração. Geralmente a flor da Pitaya tem sua peculiaridade no tempo em que ela fica exposta. São apenas de 8 à 12 horas de duração e geralmente começa no início da noite e vai até certa hora da manhã do dia seguinte. O cheiro agradável que exala no ambiente é outro fator único vivenciado por quem tem ou teve essa oportunidade única.
A maior florada registrada no Norte do País contou com mais de 350 mil flores abertas de uma única vez e em uma única noite, mostrando o espetáculo que a natureza pode nos oferecer.
O produtor Cleber nos conta que são necessários 60 dias, desde o surgimento do botão, sinalizando um fruto, até a colheita, neste período, são 30 dias até o surgimento das flores e após o evento, mais 30 até a colheita.
A fruta
Nativa do México, a Pitaya é uma fruta exótica que pertence à família cactaceae. Conhecida também como a fruta do dragão. A Pitaya pode ser usada na fabricação de doces, bolos, sorvetes e até cosméticos. No Amazonas a fruta pode ser encontrada nos principais supermercados da região. O que pouca gente sabe é que essa fruta já está sendo produzida no Estado do Amazonas. O responsável pelo feito é o Produtor Cleber Medeiros que contra as opiniões de amigos e conhecidos, decidiu investir todo seu dinheiro na produção de pitayas no estado. O resultado disso foi a movimentação de mais de R $2.000.000,00(dois milhões de reais) em 2022 que giraram na economia da fazenda, gerando empregos para cerca de 25 pessoas que trabalham na propriedade.
“Começou assim, com 50, depois 200, 300 e hoje são 110 mil pés de pitaya”, complementou Cleber Medeiros, maior produtor de Pitaya do Amazonas.
A adaptação no norte
O produtor Cleber nos conta que com muita insistência e contra todos os comentários de amigos e conhecidos de que o investimento não daria certo no Amazonas pelo fato de não ser uma fruta nativa da região, Cleber acreditou na ideia e iniciou o plantio da Pitaya utilizando apenas duas frutas que comprou no mercado. Delas, ele extraiu cerca de 100 mudas de Pitaya. Hoje, ele conta com mais de 100 mil pés já produzindo em larga escala, abastecendo os principais supermercados da Capital, além de restaurantes e hotéis de Manaus. A espécie que melhor se adaptou ao solo amazônico foi a de coloração rosada. Esta, é a cultivada em maior quantidade na Toca da Pitaya no Ramal Água Branca, na estrada AM-010 que liga Manaus a Itacoatiara.
“Nós viemos aqui para tentar fazer a diferença para a classe agrícola. Então você vê, uma planta dessa que produz, fruta, mel, e do talo dela você consegue produzir alimento pro animal e para a agricultura familiar é um círculo fechado onde ele consegue ter uma grande produção e valor agregado no produto” Afirmou Cleber.
Aposta na nova ideia
Vendo o sucesso da ideia, entidades como o Sistema SEPROR do Governo do Estado e municípios interessados na causa como Rio Preto da Eva, firmaram um termo de cooperação com o produtor para a aquisição de mudas a fim da distribuição aos produtores interessados em investir no cultivo do fruto e expandir a atividade a quem interessar.
Além disso, o sistema SEPROR através do programa de Mecanização Agrícola, no processo de melhoramento do terreno onde as pitayas estão sendo produzidas.
“Nós pretendemos tornar Manaus a capital nacional da pitaya…O clima é propício, o solo é propício, nós temos um sol o ano inteiro que nos capacita a produzir pitaya o ano inteiro, enquanto outros estados do Brasil, só produzem durante 6 meses por causa do inverno”. Disse Cleber Medeiros.
A matéria completa exibida nos telejornais da TV Encontro das Águas você encontra no link abaixo:
Por: Wesley Lira
