UEA realizará colação de grau antecipada de médicos, enfermeiros e farmacêuticos a partir desta sexta-feira (17/04)
Novos profissionais atuarão no enfrentamento ao coronavírus e servirão à saúde pública por 180 dias
A Universidade do Estado do Amazonas (UEA) realiza, a partir da próxima sexta-feira (17/04), a formatura em caráter especial de pelo menos 93 novos profissionais da saúde. A antecipação da colação de grau será possível graças à resolução nº 07/2020 publicada pela UEA, com o objetivo de ampliar a oferta de profissionais disponíveis para atuar no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
A outorga de grau, que aconteceria somente em agosto, pode ser feita de forma antecipada desde que o formando que já tenha cumprido, no mínimo, 80% da carga horária total do seu curso, esteja de acordo em aderir ao procedimento. Até esta terça-feira (14/04) já haviam solicitado a colação de grau especial 93 formandos, sendo 69 de medicina, 16 de farmácia e oito de enfermagem.
“A colação segue todos os trâmites normais. O formando assina a ata e recebe o diploma e o histórico escolar. A outorga de grau acontecerá em um turno na sexta-feira (17/04) e no sábado (18/04); e em dois turnos na segunda-feira (20/04). Depois de colar grau, o novo profissional vai ao Conselho de Medicina, Enfermagem ou Farmácia, tira o registro profissional e já pode ir para o mercado de trabalho”, pontuou a pró-reitora de Ensino de Graduação da UEA, Kelly Souza.
Compromisso público – A colação em caráter especial é opcional para o formando, uma vez que, ao aderir à antecipação, o novo profissional assume o compromisso de atuar na rede pública de saúde por 180 dias (seis meses). Os médicos, enfermeiros e farmacêuticos serão absorvidos pela rede pública, por meio das secretarias estadual e/ou municipal de Saúde (Susam e Semsa).
O formando em Medicina Daniel Medeiros conta que decidiu solicitar a colação de grau especial para colocar em prática todo conhecimento adquirido durante a graduação. “O sentimento é de empatia e solidariedade, pois proporcionaremos um apoio muito grande para a população, atuando num momento extremamente necessário, realizando atendimento médico, avaliando e reavaliando pacientes, promovendo ações de educação em saúde, enfim, exercendo a medicina em sua plenitude”, frisou ele, ao enfatizar o orgulho que sente da profissão que escolheu.
Para a formanda do curso de Enfermagem Andreza Dantas, a oportunidade servirá para ajudar não apenas com mão de obra, mas levando conforto e atendimento humanizado a quem precisa. “É uma questão quase que de responsabilidade social, a verdade é que nossa universidade pública é paga com os impostos cobrados pelo Estado que cada um de nós e os usuários do sistema de saúde pagam, então, de certa maneira, é uma forma de devolver o que foi investido em nós”, considera a futura enfermeira.
“Eu e meus colegas decidimos pela antecipação da colação visando prestar nossos serviços como profissionais farmacêuticos para a sociedade para quem fomos formados. Além disso, estamos convictos que essa oportunidade é ímpar na nossa carreira, para construção profissional e crescimento pessoal”, acrescentou a formanda Lizi Burton, do curso de Farmácia, ao ressaltar que a presença do farmacêutico é necessária em todas as equipes multidisciplinares.
Matriz curricular – A resolução publicada pela UEA considera a Medida Provisória nº 934, de 1º de abril de 2020, que orienta que as Instituições de Ensino Superior poderão abreviar a duração dos cursos de Medicina, Farmácia, Enfermagem e Fisioterapia, desde que o estudante tenha cumprido a carga horária mínima de 75% do estágio curricular obrigatório de seu curso.
Além da carga horária do estágio obrigatório, serão consultados os dados gerados pela Secretaria Acadêmica Geral (SAG) da UEA, para comprovação de que os alunos tenham integralizado, no mínimo, 80% da carga horária total dos seus cursos.
Os 180 dias a serem cumpridos pelos profissionais, no serviço público de saúde, passam a contar a partir da data de emissão do registro no seu respectivo Conselho Profissional, independente de encerramento oficial da pandemia. O formado deverá, após os seis meses, apresentar documento comprobatório do cumprimento do tempo de serviço no Sistema Público de Saúde, homologado pela Susam ou pela Semsa.
Foto: Divulgação