Estudo avaliou os resultados de um nanocomposto à base de guaraná
Um estudo científico sobre nanotecnologia e frutos amazônicos, que contou com a participação de pesquisadores da Fundação Universidade Aberta da Terceira Idade (FUnATI), foi publicado no periódico internacional Cosmetics, da editora de revistas científicas MDPI.
O artigo conta com a participação do Dr. Euler Ribeiro, reitor da FUnATI e a consultora científica da instituição, Profª Dra. Ivana Mânica da Cruz, em uma parceria que envolveu o Laboratório de Nanotecnologia da Universidade Franciscana (UFN) e o Laboratório Biogenômica da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), além de outros parceiros da Universidade de Barcelona, na Espanha.
O estudo visou a produção de um nanocomposto que contém o guaraná como base. O uso dessas nanoformulações na saúde humana oferece várias vantagens em relação a formas convencionais de tratamento, sendo a principal delas a capacidade de direcionar e liberar agentes terapêuticos de forma controlada e precisa no local de ação.
Segundo o reitor da FUnATI, Dr. Euler Ribeiro, a nanotecnologia é hoje uma aliada não somente no tratamento de diversas doenças, mas também no diagnóstico, como o câncer, doenças neurodegenerativas e doenças autoimunes. “Entre as vantagens elencadas, destacamos os diagnósticos que poderão ser mais rápidos, seguros e precisos”, afirmou o reitor.
O estudo também avaliou a estabilidade e toxicidade in vitro desse nanocomposto, ou seja, sua durabilidade frente a diferentes condições e se o mesmo teria ações benéficas e em qual faixa de concentração elas poderiam ser obtidas.
A nanotecnologia contendo guaraná apresentou estabilidade físico-química por 60 dias, quando armazenadas em geladeira e demonstrou baixa toxicidade nas células testadas. Sendo assim, os estudos iniciais demonstraram que o nanocomposto é seguro e pode ser considerado promissor para aplicações tópicas.
“Em breve, novos estudos serão realizados para complementar nosso conhecimento acerca desse tema e verificar o potencial das sequências dessas pesquisas”, finaliza o Dr. Euler.
FOTOS: Érico Xavier/Fapeam