Há cinco anos desativada, usina de processamento de borracha em Iranduba deverá começar a funcionar no primeiro semestre de 2020

Nesta quinta-feira (28/11), a Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror) e suas vinculadas (Idam, Adaf e ADS), e órgãos parceiros, Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam) e Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), assim como líderes de Associações e Cooperativas de trabalhadores extrativistas do Amazonas, estiveram reunidos na usina de borracha, localizada em Iranduba (distante 34 quilômetros de Manaus), com o objetivo de resgatar a produção da matéria-prima na Indústria, que estava parada desde 2014.

Com produção anual de 400 toneladas, o estado do Amazonas, que já produziu em 2013 aproximadamente 1,5 mil toneladas, pretende com a reativação da usina chegar a 1 mil toneladas no primeiro ano de funcionamento. E, ao longo de três anos, chegar a 3 mil toneladas/ano.

O secretário de Produção Rural, Petrucio Magalhães Júnior, destacou a importância do Plano Safra que determinou o investimento no setor.

“O Plano Safra do Governo do Amazonas colocou a borracha, assim como a fibra, como cadeias de grande potencial econômico para o interior, que gera renda e emprego, mas que passaram por um momento de estagnação. É chegado o momento de fomentá-las”, informou Petrucio.

O empresário, Marco Garcia, representante da Rubberon, empresa que está adquirindo, por meio da Afeam, a fábrica de beneficiamento de borracha, disse que a indústria deve voltar à ativa no primeiro semestre de 2020.

“Esse é momento da retomada do ciclo da borracha, e de uma forma sustentável. Você consegue fazer que os seringueiros extraiam o látex da seringueira, de uma forma que não agrida o meio ambiente e, mais importante, gerando uma renda para todos esses extrativistas”, comemorou Marco.

A reativação da fábrica de Iranduba vai beneficiar ainda diversas famílias de extrativistas de Associações e Cooperativas do interior do Amazonas, como Fredson Marques da Silva, que está esperançoso com a retomada da cadeia.

“Essa iniciativa do Governo, da Indústria e de todas as instituições envolvidas vai beneficiar aqueles seringueiros que estão lá na ponta, nos seringais, nas suas comunidades e que hoje precisam do apoio dessas instituições para ter êxito na sua produção e uma melhor qualidade de vida”, disse Fredson.

Afeam – Com a possibilidade de reativar essa grande usina de beneficiamento de borracha, a Afeam vai disponibilizar aporte financeiro para as Associações. A partir do momento que as Associações estiverem capitalizadas será possível realizar o pagamento à vista para os seringueiros, ao preço mínimo estabelecido pelo Governo Federal.

“No primeiro momento, mais de 10 associações devem ser beneficiadas, totalizando mais de mil famílias. Durante o período da extração do látex, que acontece normalmente por cinco ou seis meses, o extrativista poderá incrementar a renda da família em aproximadamente mais de R$ 1 mil por mês. Esta política do Governo do Estado visa estimular a volta da extração do látex como um fator importante para a economia local”, concluiu Rodrigo Cid Rondon, assessor da Afeam.

FOTOS: Djalma Júnior/Sepror

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