Sob a coordenação da SES-AM, o trabalho é executado por equipe multidisciplinar e auxilia na redução do período de internação do paciente

O programa Melhor em Casa, coordenado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), já realizou 40 mil atendimentos domiciliares, de janeiro a julho deste ano, a pacientes de alta complexidade, que necessitam de atenção contínua. Além do acompanhamento semanal com equipes multidisciplinares, os pacientes recebem insumos e nutrição, pela Central de Medicamentos do Amazonas (Cema).

Além dos atendimentos, também foram realizados 2,5 mil procedimentos, entre trocas de curativos complexos, trocas de cânula de traqueostomia e de sonda. O programa é desenvolvido por meio de parceria entre os governos federal e estadual. Atualmente, atende 646 pessoas no Estado. O Amazonas e Santa Catarina são os únicos estados em que os governos estaduais viabilizam, além da equipe de atendimento, a entrega de insumos e nutrição ao paciente.

Este ano, o Melhor em Casa possibilitou a desospitalização de 80 pacientes. Por meio da Cema, o programa faz a dispensação mensal de 12.966 unidades de medicamentos, 32.408 produtos de nutrição e 346.835 produtos para saúde.

De acordo com a secretária de Estado de Saúde, Nayara Maksoud, o Melhor em Casa auxilia na redução do período de internação do paciente, que passa a realizar o tratamento no ambiente familiar, sendo acompanhado por médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem. “Esse programa é uma referência, mostra o compromisso do Governo do Estado com a assistência, propiciando que esse paciente, muitas vezes em uma condição crônica, receba todo o suporte de saúde em casa, com medicamentos, alimentos e insumos”, observou.

Segundo a coordenadora do Melhor em Casa na SES-AM, Semira Torres, o atendimento é feito por Equipe Multidisciplinar de Atenção Domiciliar (Emad), formada por médicos, enfermeiros, técnicos de Enfermagem e fisioterapeuta. Caso necessário, o paciente também é acompanhado por Equipe Multidisciplinar de Apoio à Atenção Domiciliar (Emap), composta de fonoaudiólogo, nutricionista, assistente social e psicólogo.

“Este ano, além de bons números de desospitalização, temos também 15 altas clínicas, que é quando o paciente, acompanhado pelo Melhor em Casa, apresenta melhora no quadro de saúde e pode seguir seu tratamento sem o monitoramento semanal das nossas equipes. Isso só mostra a qualidade dos atendimentos realizados”, afirmou.

O programa conta com 18 equipes, que envolvem, ao todo, 218 profissionais de diversas especialidades, divididos entre Emad e Emap, além do pessoal de retaguarda, incluindo administrativo, transporte, higienização e limpeza.

Atuação nas unidades de saúde

As equipes do Melhor em Casa também atuam em algumas unidades de saúde, realizando avaliação de paciente para se certificar se pode passar a ser assistido pelo programa. Conforme Semira Torres, o corpo clínico das unidades solicita a visita da equipe multidisciplinar para fazer essa análise.

“Nós observamos se esse paciente está no perfil atendido pelo Melhor em Casa e se tem condições de continuar o tratamento em domicílio. A equipe avalia e, em caso positivo, ele tem a alta programada. Além disso, a nossa equipe faz todo um trabalho de avaliação da residência do paciente, se existe o mínimo de estrutura para recebê-lo”, detalhou.

Ao todo, a iniciativa é oferecida em 12 unidades hospitalares: Hospital e Pronto Socorro (HPS) da Criança Zona Oeste, Sul e Leste; HPSs 28 de Agosto, Hospital, Dr. João Lúcio Pereira Machado e Dr. Aristóteles Platão Bezerra de Araújo; Hospital Delphina Abdel Aziz; Fundação Hospital do Coração Francisca Mendes (HCFM); nas fundações Adriano Jorge (FHAJ), Centro de Controle de Oncologia (FCecon) e de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD); e Serviço de Pronto Atendimento (SPA) Zona Sul.

FOTOS: Evandro Seixas/SES-AM e Divulgação

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