Os interessados podem enviar currículo para o e-mail selecao@avancoconstrucoes.com.br

Em vias de iniciar as obras de água e esgoto do Programa de Saneamento Integrado (Prosai), em Parintins (a 369 quilômetros de Manaus), a Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE) do Governo do Amazonas anuncia a abertura de cerca de 100 vagas de emprego no município.

As oportunidades imediatas são para pedreiro, ajudante de pedreiro, carpinteiro, auxiliar de topografia, ferreiro, encarregado de armação, serviços gerais, encarregado de manutenção (máquinas pesadas), auxiliar de desenhista, técnico de segurança, almoxarife, técnico ambiental, apontador de obra e auxiliar de escritório.

O processo de seleção inicia no próximo dia 3 de setembro, pela Avanço, empresa contratada para realizar as obras. Os interessados podem enviar currículo para o e-mail selecao@avancoconstrucoes.com.br.

De acordo com o secretário da UGPE, Marcellus Campêlo, essas são contratações iniciais, considerando que somente nas obras de saneamento básico do programa a previsão é, ao longo dos próximos três anos, gerar cerca de 3 mil empregos diretos e indiretos.

Somadas às demais obras, a expectativa é que o Prosai Parintins possa gerar, em cinco anos, até 12 mil empregos diretos e indiretos, conforme detalha Campêlo. “Teremos numa segunda fase a construção de 504 unidades habitacionais, viários, parques e praças, um mercado e outros equipamentos públicos”, adiantou.

O objetivo é que a maioria dos trabalhadores contratados seja do próprio município. “Inclusive, já procuramos o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e o Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial), em Parintins, para ofertar capacitações para suprir as demandas, caso seja necessário”, explicou Marcellus Campêlo.

A subcoordenadora Social da UGPE, Viviane Dutra, informou que os contratantes também irão utilizar o Banco de Talentos do Prosai Parintins, que já tem mais de 280 perfis de trabalhadores cadastrados. “Essa é uma iniciativa do programa. Quando iniciamos a mobilização na comunidade, recebemos e organizamos currículos, que foram enviados para análise da construtora”, disse.

Saneamento Básico

O Prosai Parintins é um programa estadual com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A principal meta é requalificar e urbanizar áreas de ocupação irregular às margens de igarapés, que sofrem com alagações em época de chuva, dotando-as de infraestrutura, como água, esgoto, drenagem urbana. Também reassentar em unidades habitacionais construídas pelo programa as populações do alagado.

Na escolha de Parintins pesou, principalmente, o fato de o município enfrentar um problema crônico de contaminação da água. A cidade também possui zero percentual de esgoto tratado. Preocupado com a situação, que envolve saúde pública, o governador do Amazonas, Wilson Lima, autorizou a antecipação da licitação das obras de saneamento antes da assinatura do contrato de empréstimo com o BID, que se encontra no Senado, última fase do processo.

O novo sistema de abastecimento a ser construído pelo Governo do Amazonas vai atender toda a cidade com água tratada e elevar de zero para até 25% o tratamento de esgoto. O Prosai também prevê R$ 10 milhões para a modernização e fortalecimento do Serviço de Água e Esgoto (SAAE), para que o órgão municipal responsável pela gestão de saneamento básico possa receber os equipamentos construídos.

As obras de saneamento básico abrangem a construção de quatro Centros de Reservação e Distribuição (CRDs), recuperação de sete poços e perfuração de mais dez poços profundos, uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), quatro estações elevatórias, 34 quilômetros de rede de coleta de esgoto, além das ligações domiciliares.

Sobre o programa

O Prosai Parintins terá um total de U$ 87,5 milhões em investimentos, sendo US$ 70 milhões fruto de financiamento do BID e U$ 17,5 milhões de contrapartida estadual.

As obras de água e esgoto serão realizadas com recursos da contrapartida estadual, e vão iniciar antes da assinatura do contrato de empréstimo em função da situação de emergência por conta da contaminação dos poços que abastecem a cidade por metais pesados e coliformes fecais. O investimento é de R$ 119 milhões.

O programa vai promover a requalificação urbanística de uma área de mais de 208 mil metros quadrados, no entorno da Lagoa da Francesa, que, em tempos de cheia do Rio costuma alagar. A área de intervenção de obras abrange diretamente seis bairros: Francesa, Castanheira, Palmares, Santa Clara, Santa Rita e Centro.

FOTOS: Tiago Corrêa/UGPE

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