Pais atípicos e sociedade compartilharam histórias e dúvidas sobre o tema

“Eu vim aqui para servir de estímulo aos outros, que eles não parem”. Assim a mãe atípica, Sarah Sampaio, de 44 anos, definiu a oportunidade de compartilhar suas experiências com a sociedade, na roda de conversa sobre luta e desafios para a inclusão da Pessoa com Deficiência (PcD). Realizada nesta terça-feira (15/10), a ação foi coordenada pela Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc).

Integrada ao projeto Amazonas Eficiente, do Governo do Amazonas, a atividade faz parte de um conjunto de ações que promovem a conscientização social sobre a PcD, além de ofertar serviços de fisioterapia, atividades educativas e orientações para garantia dos seus direitos.

Mãe do Dalthon Monteiro, uma pessoa com paralisia cerebral de 27 anos, Sarah diz se sentir honrada com o convite para ser o ponto focal da roda de conversa e enfatizou, durante sua fala, que apesar do preconceito diário espera que, com sua história, possa incentivar outras pessoas a não desistirem da inclusão e acessibilidade na sociedade.

“Ele teve muitas dificuldades, mas hoje faz faculdade de administração à distância e se supera a cada dia. A inclusão no nosso dia a dia é tudo para nós. Foram muitas barreiras que enfrentamos até hoje, mas eu não quero desistir, nem que ele desista, e espero que isso sirva de incentivo para todos os outros irem em frente e não pararem”, reforçou Sarah.

Ela ainda comentou sobre o progresso no desenvolvimento do filho e como, por meio do projeto, ele pode melhorar ainda mais a sua independência.

“O projeto Amazonas Eficiente foi uma benção na nossa vida, o meu filho nunca tinha se levantado da cadeira antes para fazer um esporte ou alguma coisa, mas aqui ele conseguiu dançar na festa junina. Nós dançamos juntos, ele estava em pé e isso faz muita diferença para nós”, comentou emocionada ao lembrar do momento.

Aprendizado

Realizada no Centro Estadual de Convivência da Família Padre Pedro Vignola, na zona norte de Manaus, a roda de conversa contou com 21 participantes, entre crianças, pais atípicos e idosos presentes para debater sobre o tema.

Tendo descoberto a ação no dia, a funcionária do psicossocial da Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas), Aureangela do Nascimento, de 49 anos, aproveitou para participar e tirar suas dúvidas sobre o tema. Tocada pelas histórias, ela enfatizou que saiu da sala pensativa e reforçou a luta pela inclusão e acessibilidade na sociedade.

“Eu não sabia sobre a palestra, mas como o assunto me interessa eu achei importante participar porque essas pessoas estão ao nosso redor. Eu tenho familiares, um sobrinho, amigos com deficiência, então quero ser um exemplo para que outras pessoas se aproximem do tema e aprendam sobre essa inclusão. Eu gostei muito, me enriqueceu em conhecimento”, relatou a funcionária.

FOTOS: Ygson França/Sejusc

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