Com 533 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) instalados, a rede hospitalar do Amazonas tem capacidade para absorver pacientes com sintomas graves do novo coronavírus (Covid-19) e pode aumentar se houver necessidade. Desses leitos, 363 são da rede estadual. O restante é da rede privada, do hospital das Forças Armadas e do Hospital Universitário Getúlio Vargas, que é uma unidade federal.

Conforme o Plano de Contingência para o enfrentamento ao Covid-19 no Amazonas, o Hospital e Pronto-Socorro (HPS) Delphina Aziz, na zona norte, é a unidade de referência para a internação de casos graves do novo vírus. A unidade possui hoje 50 leitos de UTI instalados, com a possibilidade de ampliação, conforme a necessidade. Até o momento, não há nenhuma pessoa internada.

A ideia é que se houver explosão de casos graves, os pacientes hoje internados no Delphina Aziz serão transferidos para outras unidades, inclusive da rede privada, deixando o hospital exclusivo para os casos graves de Covid-19. Conforme o planejamento da Secretaria de Estado de Saúde (Susam), no primeiro momento, é possível aumentar em até o triplo o número de leitos de leitos de UTI no Delphina Aziz, para atender casos graves do novo coronavírus.

Essa quantidade de leitos pode aumentar progressivamente, conforme a evolução da epidemia, inclusive com o aluguel de leitos em unidade privadas e aluguel de equipamentos para montar novos leitos de terapia intensiva e semi-intensiva. O Governo do Estado conta com suporte de mais de R$ 8 milhões do Ministério da Saúde para melhorar a estrutura da rede de saúde.

No interior, o Estado deverá adquirir equipamentos de suporte intensivo, como ventiladores mecânicos, para equipar UTIs em municípios-polos, caso haja necessidade, além de reforçar o serviço de UTI aérea para remoção de pacientes para a capital ou para esses municípios-polos. Destaca-se que não há casos de C-19 no interior.

A internação é recomendada apenas para pacientes com sintomas respiratórios graves. Estima-se que 5% dos infectados necessitarão de internação. Oitenta por cento dos infectados apresentam sintomas leves, e para estes não é recomendada a internação.

Conforme a Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), apenas uma paciente até agora confirmou positivo para coronavírus, e a recomendação foi isolamento domiciliar por não apresentar sintomas graves. A mulher de 39 anos, que fez uma viagem recente para Londres, já se recuperou e saiu do período de transmissibilidade. Seus contatos também testaram negativo.

Quem tiver febre com tosse e sintomas respiratórios graves, como falta de ar, viajou para algum país ou estado do Brasil onde haja transmissão do vírus (de pessoa para pessoa) deve procurar uma unidade de saúde, que pode ser uma Unidade Básica de Saúde (UBS), Serviço de Pronto Atendimento (SPA) ou Unidade de Pronto Atendimento (UPA), ou Pronto-Socorro. Não é recomendado procurar o HPS Delphina Aziz. Para lá serão encaminhados apenas os casos graves.

Se, no atendimento médico, o paciente for classificado como suspeito, fará o exame e será encaminhado para o tratamento adequado, que deve ser em casa, caso os sintomas sejam brandos, ou então irá para internação no hospital, em casos graves.

“Hoje, nós podemos afirmar que a estrutura de saúde do estado do Amazonas está preparada para acomodar os casos confirmados de coronavírus. Hoje, nós só temos um caso no estado, e esse caso está controlado, não há necessidade de fazer essa expansão. Mas o nosso Plano de Contingência Estadual nos ampara a fazer essas modificações e fazer a expansão do número de leitos no Estado a qualquer momento e conforme a necessidade”, informa o secretário estadual de Saúde, Rodrigo Tobias de Souza.

FOTOS: Divulgação/Secom

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