A 8ª Conferência Estadual de Saúde do Amazonas elegeu, nesta quarta-feira (03/07), 76 delegados que irão levar as 20 propostas aprovadas à 16ª Conferência Nacional de Saúde, que acontecerá em Brasília, de 4 a 7 de agosto, para traçar as políticas públicas de saúde para o país. A votação das propostas entrou pela noite desta quarta-feira (03/07).

“Ao longo desses três dias, nós tivemos cerca de 550 participantes discutindo os problemas, as formas e os modos de fazer saúde no território tão específico que é o território do Amazonas, banhado de águas dos rios”, afirmou o secretário de Estado de Saúde (Susam), Rodrigo Tobias, que comandou a plenária durante a votação.

De acordo com o secretário, a 8ª Conferência Estadual de Saúde é o ponto de encontro entre os grandes setores que discutem saúde pública no Estado. O evento teve como tema “Democracia e Saúde: Saúde como direito, consolidação e financiamento do SUS”, realizado de 1º a 3 de julho, no Centro de Convenções do Amazonas Vasco Vasques.

Propostas – A secretária geral da Comissão Organizadora da Conferência Estadual, Ana Eli Vasconcelos, destacou que foram analisadas aproximadamente mil propostas provenientes das conferências realizadas nos 62 municípios para que pudessem ser extraídas as propostas finais a serem incorporadas nos planos de saúde estadual e nacional. “A maioria das propostas do financiamento, por exemplo, foi rever leis e diretrizes que foram aprovadas na 8ª Conferência Nacional de Saúde, mas que até hoje não foram cumpridas, não foram exercidas. Então, há um desejo de fortalecer o SUS”, disse.

Para o representante do Conselho Municipal de Secretários de Saúde do Amazonas (Cosems-AM), secretário municipal de Lábrea, Dário Vicente da Silva, a discussão nas conferências ressalta a importância do controle social. “É onde se discute políticas públicas de saúde dos próximos quatro anos e para o interior é fundamental porque nós temos peculiaridades de questão de acesso à saúde pública, a questão da universalização da atenção básica, a questão da integralidade da atenção”, explicou.

Representante dos usuários do SUS, Elson Melo, afirma que a participação da comunidade se dá de forma paritária e é definida pela lei 8142/90 por 50% da composição dos delegados. “50% de usuários porque eles, na verdade, é que, lá na ponta, sentem todos os problemas e é interessante destacar também que as demandas advindas das conferências servem para que o poder público possa transformar essas propostas no plano de saúde dependendo da sua esfera governamental”, esclareceu.

FOTOS: ROBERTO CARLOS/SECOM

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