Representantes de todas as regiões do País se reuniram para discutir o fortalecimento das ações para o setor
O Fórum Nacional de Cultura, pela primeira vez, chega ao Amazonas. Nesta quinta-feira (19/5), em Manaus, os secretários de todo País discutiram o futuro das políticas públicas do setor e a promulgação das leis Aldir Blanc 2 e Paulo Gustavo, que preveem a destinação de recursos da União para estados aplicarem no fomento à cultura. Os secretários e dirigentes estaduais de cultura participaram do evento de forma híbrida, presencial e online.
Realizado no Salão Solimões, anexo ao Palácio Rio Negro (avenida Sete de Setembro, 1546, Centro), cerca de 17 representantes de estados participaram da reunião. De acordo com o presidente do Fórum e secretário de Cultura do Espírito Santo, Fabrício Noronha, o período é de retomada das atividades culturais e requer a união de todos os estados.
“No primeiro momento, nós vamos atualizar sobre a Lei Aldir Blanc 2 e Paulo Gustavo. Semana passada, eu e o secretário Apolo fomos com uma comitiva de secretários conversar com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e com o presidente em exercício da Câmara, Marcelo Ramos”, disse. “Vamos, então, trazer algumas atualizações da sessão conjunta da derrubada dos vetos”, adiantou o presidente do Fórum, informando que a votação deve ser realizada na próxima semana.
Segundo Noronha, uma carta com as pautas da categoria será redigida e entregue aos pré-candidatos à presidência da república. Entre os temas está a recriação do Ministério da Cultura.
Intercâmbio – Receber os representantes da cultura do País é a oportunidade de troca de experiências na avaliação do vice-presidente da região norte no Fórum e secretário de Estado de Cultura e Economia Criativa do Amazonas, Marcos Apolo Muniz.
“Esse encontro fortalecerá a relação entre os estados e iniciativas voltadas à busca de alternativas para auxiliar o setor, tão prejudicado durante a pandemia. E, nesta retomada, receber os secretários em Manaus, estabelece um melhor diálogo com os outros estados e o intercâmbio cultural”, afirmou o secretário Marcos Apolo.
Participação dos estados – Participaram da programação do Fórum presencialmente os representantes dos estados do Espírito Santo, Mato Grosso, Roraima, Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Rio de Janeiro e Distrito Federal. Remotamente participaram do encontro os estados da Bahia, Paraná, Santa Catarina, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Paraíba e Pará.
Secretário de cultura de Goiás, Marcelo Carneiro disse que a descentralização de recursos para os estados e municípios é o centro dos debates desta edição do Fórum.
“O recurso (Lei Aldir Blanc) chega aos estados e municípios e chega ao trabalhador de cultura, de fato. Então esse é um tema, um objetivo essencial para o estado”, explicou. “Venho aqui intercambiar com projetos e experiências de aplicações dos recursos da Aldir Blanc no passado”.
Na avaliação do secretário de Cultura de Minas Gerais, João Moro, a necessidade de retomada da economia criativa é outro ponto destacado pelos representantes dos estados.
“Eu sempre digo que foi o primeiro setor (cultura) que parou e o último que vai voltar para valer. É muito importante estar aqui para discutir com os gestores dos outros estados para entender o que cada um tem feito para mitigar todos os problemas e o que podemos fazer em Brasília”, disse.
Agenda – A programação dos secretários em Manaus será finalizada no dia 21 de maio, com uma imersão cultural. Antes disso, nesta sexta-feira (20/5), os gestores participam do 3º Encontro de Economia Criativa e Teatros de Ópera na América Latina, com uma reunião no Salão Solimões, visita à Central Técnica de Produção (CTP) e ida ao Teatro Amazonas, para assistir a exibição da ópera Peter Grimes, do 24º Festival Amazonas de Ópera.
SONORAS:
Secretário de Cultura e Economia Criativa do Amazonas, Marcos Apolo Muniz
Secretário de Cultura do Espírito Santo, Fabrício Noronha
Secretário de Cultura de Goiás, Marcelo Carneiro
Secretário de Cultura de Minas Gerais, João Moro
FOTOS: Antonio Lima/Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa