Prevenção e combate a fogos e queimadas em regiões de mata são áreas de treinamento e especialização do Batalhão de Incêndio Florestal e Meio Ambiente (BIFMA), do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM). O órgão é um dos envolvidos na operação Tamoiotatá, criada pelo Governo do Estado para combater o desmatamento e as queimadas nos municípios do sul amazonense.
Em um mês, a operação embargou mais de 2 mil hectares em propriedades com queimadas ou desmatamento ilegal no sul do Amazonas. A área é equivalente a 2 mil campos de futebol. Os autos de infração, emitidos pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), passaram de R$ 10 milhões.
Para as ações de prevenção e combate às queimadas, o Batalhão de Incêndio Florestal realiza instruções teóricas e práticas que envolvem conhecimentos diversos em temas como biomas, clima, meteorologia física, logística e sistema de controle de incidentes.
Táticas aplicadas na utilização de materiais e equipamentos que auxiliam no combate a incêndio florestal, além de técnicas de sobrevivência na selva, também são estudadas pelos bombeiros militares que atuam nestas ocorrências.
Ao todo, 31 guerreiros do CBMAM são especializados em atender chamados como estes. Para lidar nessas ações, os profissionais devem agir com altíssimo planejamento estratégico.
O tenente-coronel Joselio da Silva Monteiro, comandante do BIFMA, explica como ocorre o curso de treinamento e capacitação dos profissionais que trabalham no controle de incêndios nessas regiões e localidades de matas e florestas.
“Existe a disciplina de incêndio florestal na formação do bombeiro militar, há também uma especialização em Prevenção a Incêndios Florestais que possui a duração de um a três meses, que capacita, previne, planeja e combate”, explica o comandante.
Equipamentos – Atender chamados de incêndios em regiões hostis de mata densa exige uma série de apetrechos que precisam ser deslocados até a região para auxiliar os bombeiros militares no combate ao fogo.
Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) como capacetes, óculos, luvas e coturno são utensílios normalmente empregados pelos bombeiros. Além destes apetrechos, para combater os incêndios florestais direta e indiretamente também são utilizados bomba costal, motobomba, abafadores, foices, enxadas, rastelos, facão e motosserras.
Um dos instrumentos usados nessas ocorrências é a mochila costal, equipada para o transporte de água. A ferramenta auxilia no combate direto a incêndios em ambientes florestais, rurais e nas margens das estradas.
Outro acessório identificado nesses chamados é o pinga-fogo, que auxilia no controle de incêndios por meio da técnica de queima controlada. Materiais de apoio e orientação, atendimento pré-hospitalar e acampamento na selva fazem parte da lista de recursos explorados pelos bombeiros.
Operação Tamoiotatá – No final de março, o Governo do Amazonas lançou a Operação Integrada Tamoiotatá com o objetivo de combater o desmatamento ilegal e as queimadas não autorizadas no estado.
A ação conta com a participação de diversas secretarias e órgãos de fiscalização e controle ambiental entre os quais a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), o Ipaam, e a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), por meio da qual participa o Corpo de Bombeiros.
O comandante Joselio da Silva Monteiro conta como é a dinâmica do trabalho do Batalhão de Incêndios Florestais e Meio Ambiente na Operação Tamoiotatá.
“O combate ao desmatamento é uma forma de evitar incêndios florestais, uma vez que, após a floresta ser derrubada, ocorre a queimada. O CBMAM, através do Comando de Bombeiros do Interior e o BIFMA, atua em operação conjunta entre os órgãos estaduais de segurança e ambientais”, finalizou.
FOTOS: Pelegrine Neto/SSP-AM