Entre as doenças monitoradas estão doenças cardiovasculares, câncer, diabetes mellitus e doenças respiratórias crônicas
A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas, divulga, nesta segunda-feira (18/12), o boletim epidemiológico de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no período de 2018 a 2022.
Com a série histórica dos últimos cinco anos, o boletim visa apresentar o cenário epidemiológico das DCNT para fortalecer o entendimento sobre o assunto que representa um dos principais desafios da saúde pública. Entre as doenças monitoradas estão doenças cardiovasculares, câncer, diabetes mellitus e doenças respiratórias crônicas.
Essas doenças são caracterizadas por múltiplas causas e fatores de risco, longos períodos de latência, que é o intervalo entre a exposição a agentes patológicos e início dos sinais e sintomas; além de curso prolongado da doença, origem não infecciosa e associação com deficiência e disfunção.
“O boletim cumpre o papel de proporcionar melhor entendimento das doenças crônicas não transmissíveis. É fundamental a integração de todas as esferas do setor da saúde para implementar intervenções voltadas à prevenção dessas doenças. Essas ações coletivas possuem potencial para melhorar a saúde da população”, destaca a diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim.
A gerente de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis da FVS-RCP, Tatiana Araújo, acrescenta que os principais fatores de risco dessas doenças incluem tabagismo, consumo excessivo de álcool, alimentação não saudável e sedentarismo. “A vigilância reúne os dados para compreensão sobre a tendência dessas doenças na população e apoiar no planejamento, execução e avaliação da prevenção e do controle”, disse.
Série histórica
No Amazonas, foram registrados 19.273 óbitos por DCNT no período de 2018 a 2022. A taxa de mortalidade prematura (30 a 69 anos) pelos grupos dessas doenças apresentou aumento no período de 2018 a 2021, ano que apresentou maior taxa, com 233,86 óbitos por 100 mil habitantes, com posterior redução em 2022.
As neoplasias (tumores) e doenças do aparelho circulatório são as maiores causas de óbitos por DCNT no Amazonas ao longo dos últimos cinco anos. Dentre os óbitos por DCNT no Amazonas, a região do entorno de Manaus apresentou maior proporção de óbitos em todos os anos da série histórica, com a média de 75%.
Os detalhes da série histórica, incluindo a distribuição dos dados por municípios do Amazonas estão disponíveis no boletim.
Vigilância de doenças crônicas
O boletim com a Situação epidemiológica da mortalidade por Doenças Crônicas Não Transmissíveis no estado do Amazonas é uma publicação da FVS-RCP, produzida pela Sala de Análise de Situação de Saúde a partir do monitoramento da Gerência de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis, do Departamento de Vigilância Epidemiológica da Fundação.
FOTO: Anne Alves/FVS-RCP