A estreia simultânea do curta-metragem, que mostra tradição religiosa da comunidade, acontece em Manaus e Manacapuru, no sábado (14/12), às 19h

O documentário “Santo Antônio da Terra Preta”, dirigido e roteirizado por Bruno Pantoja, terá seu lançamento no sábado (14/12), no Cineteatro Guarany (avenida Sete de Setembro, ao lado do Palácio Rio Negro, Centro). O documentário terá sua estreia simultânea em Manaus e na Rua Beira Rio, 269, Sede Santo Antônio, Bairro Terra Preta, em Manacapuru (a 68 quilômetros de Manaus). As sessões gratuitas se iniciam às 19h, com classificação livre.

O projeto foi contemplado pela Lei Paulo Gustavo 2023, executada pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa.

Com duração de 18 minutos, o curta-metragem documental retrata a devoção, tradição e identidade cultural da comunidade da Terra Preta, em Manacapuru, no Amazonas. Por meio de histórias emocionantes, imagens de arquivo e registros das festividades, a produção revela como a celebração de Santo Antônio se tornou um símbolo de fé e resistência em meio às transformações sociais e culturais.

Filho de Manacapuru, Bruno Pantoja conta que esse festejo tem enorme importância para a cultura da cidade. Outrora, foi uma das maiores festas religiosas do interior do Amazonas. Segundo ele, todo cidadão de Manacapuru, praticamente, tem uma história com essa festa, daí importância de se valorizar a memória de um povo.

“Entre danças, procissões e o som vibrante do gambá e dos caracaxes, o filme exibe a riqueza da cultura amazônica e a luta da comunidade para preservar suas tradições e memórias”, explica Pantoja.

Origem e tradição da cultura amazônica

O projeto é uma realização da Bacaba Produções e contou com o talento de uma equipe composta por Maíra Dessana (produtora), Anderson Oliveira (operador de câmera), chiCOKAboco (sonoplastia), Emerson Lima (assistente de produção), e Caio Alexandre (edição e montagem). A narrativa foi enriquecida pelas contribuições de moradores da comunidade, cujas vozes dão vida às histórias contadas no filme.

Ao se debruçar sobre as pesquisas a respeito dessa tradição, a equipe encontrou fatos interessantíssimos, como o da origem do festejo advir de uma promessa dos tempos da guerra da Cabanagem (1840 – 1845). A promessa que Joaquim Coelho, patriarca da família Coelho, fez para que Santo Antônio protegesse todos os filhos da família Coelho da sangrenta guerra. Desde então essa tradição se repete, com todas as suas características que lhe são peculiares.

“Um exemplo é a utilização de instrumentos de origem negra, como o Gambá e o Caracaxé, a comunidade se reúne para tocar estes instrumentos, entoar ladainhas e em cortejo”, diz Bruno ao acrescentar que o ponto alto da festa é o cortejo fluvial, onde a comunidade lança ao rio uma canoa de “alumiação” que será rodeada pelas embarcações 13 vezes.

“Com isso percebemos que a celebração de Santo Antônio não é apenas uma festa religiosa, mas o epicentro da identidade e união dessa comunidade, dado o fato que a grande maioria dos participantes são em algum grau parentes”, pontua Bruno.

A importância deste documentário, em parte, reside em tentar mostrar como as tradições se entrelaçam com a modernidade, a comunidade enfrenta desafios para preservar sua herança. “Santo Antônio da Terra Preta” é um retrato da cultura amazônica, um tributo à resiliência da comunidade e uma celebração do espírito humano que continua a manter viva essa tradição secular.

De acordo com o produtor, ao longo do tempo as festas de Santo Antônio de Manacapuru foram perdendo suas forças. Cabe observar que o festejo em Manacapuru eram dois, a festa de Santo Antônio (objeto do documentário – Festa Centenária) e Santo Antônio. Hoje resiste apenas a festa centenária.

Sobre o autor

Bruno Pantoja é produtor audiovisual, de 34 anos, natural de Manacapuru e residente em Manaus, Amazonas. Com formação em arquitetura, iniciou sua trajetória artística nas produções teatrais da capital amazonense, atuando como cenógrafo e iluminador em diversos espetáculos. Sua estreia no audiovisual ocorreu em 2018, como diretor de produção do premiado curta-metragem “Vendo Boto” (2020). Desde então, apresentou os curtas documentais “Feira do Troca” (2022), “Viva Sebastião” (2023) e “Santo Antônio da Terra Preta” (2024)

FOTOS: Divulgação

A estreia simultânea do curta-metragem, que mostra tradição religiosa da comunidade, acontece em Manaus e Manacapuru, no sábado (14/12), às 19h

O documentário “Santo Antônio da Terra Preta”, dirigido e roteirizado por Bruno Pantoja, terá seu lançamento no sábado (14/12), no Cineteatro Guarany (avenida Sete de Setembro, ao lado do Palácio Rio Negro, Centro). O documentário terá sua estreia simultânea em Manaus e na Rua Beira Rio, 269, Sede Santo Antônio, Bairro Terra Preta, em Manacapuru (a 68 quilômetros de Manaus). As sessões gratuitas se iniciam às 19h, com classificação livre.

O projeto foi contemplado pela Lei Paulo Gustavo 2023, executada pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa.

Com duração de 18 minutos, o curta-metragem documental retrata a devoção, tradição e identidade cultural da comunidade da Terra Preta, em Manacapuru, no Amazonas. Por meio de histórias emocionantes, imagens de arquivo e registros das festividades, a produção revela como a celebração de Santo Antônio se tornou um símbolo de fé e resistência em meio às transformações sociais e culturais.

Filho de Manacapuru, Bruno Pantoja conta que esse festejo tem enorme importância para a cultura da cidade. Outrora, foi uma das maiores festas religiosas do interior do Amazonas. Segundo ele, todo cidadão de Manacapuru, praticamente, tem uma história com essa festa, daí importância de se valorizar a memória de um povo.

“Entre danças, procissões e o som vibrante do gambá e dos caracaxes, o filme exibe a riqueza da cultura amazônica e a luta da comunidade para preservar suas tradições e memórias”, explica Pantoja.

Origem e tradição da cultura amazônica

O projeto é uma realização da Bacaba Produções e contou com o talento de uma equipe composta por Maíra Dessana (produtora), Anderson Oliveira (operador de câmera), chiCOKAboco (sonoplastia), Emerson Lima (assistente de produção), e Caio Alexandre (edição e montagem). A narrativa foi enriquecida pelas contribuições de moradores da comunidade, cujas vozes dão vida às histórias contadas no filme.

Ao se debruçar sobre as pesquisas a respeito dessa tradição, a equipe encontrou fatos interessantíssimos, como o da origem do festejo advir de uma promessa dos tempos da guerra da Cabanagem (1840 – 1845). A promessa que Joaquim Coelho, patriarca da família Coelho, fez para que Santo Antônio protegesse todos os filhos da família Coelho da sangrenta guerra. Desde então essa tradição se repete, com todas as suas características que lhe são peculiares.

“Um exemplo é a utilização de instrumentos de origem negra, como o Gambá e o Caracaxé, a comunidade se reúne para tocar estes instrumentos, entoar ladainhas e em cortejo”, diz Bruno ao acrescentar que o ponto alto da festa é o cortejo fluvial, onde a comunidade lança ao rio uma canoa de “alumiação” que será rodeada pelas embarcações 13 vezes.

“Com isso percebemos que a celebração de Santo Antônio não é apenas uma festa religiosa, mas o epicentro da identidade e união dessa comunidade, dado o fato que a grande maioria dos participantes são em algum grau parentes”, pontua Bruno.

A importância deste documentário, em parte, reside em tentar mostrar como as tradições se entrelaçam com a modernidade, a comunidade enfrenta desafios para preservar sua herança. “Santo Antônio da Terra Preta” é um retrato da cultura amazônica, um tributo à resiliência da comunidade e uma celebração do espírito humano que continua a manter viva essa tradição secular.

De acordo com o produtor, ao longo do tempo as festas de Santo Antônio de Manacapuru foram perdendo suas forças. Cabe observar que o festejo em Manacapuru eram dois, a festa de Santo Antônio (objeto do documentário – Festa Centenária) e Santo Antônio. Hoje resiste apenas a festa centenária.

Sobre o autor

Bruno Pantoja é produtor audiovisual, de 34 anos, natural de Manacapuru e residente em Manaus, Amazonas. Com formação em arquitetura, iniciou sua trajetória artística nas produções teatrais da capital amazonense, atuando como cenógrafo e iluminador em diversos espetáculos. Sua estreia no audiovisual ocorreu em 2018, como diretor de produção do premiado curta-metragem “Vendo Boto” (2020). Desde então, apresentou os curtas documentais “Feira do Troca” (2022), “Viva Sebastião” (2023) e “Santo Antônio da Terra Preta” (2024)

FOTOS: Divulgação

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