O Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) conta com uma equipe especializada no resgate e salvamento em altura. Preparados para esse tipo de missão, os guerreiros atuam em casos complexos, com vítimas presas em poços, áreas subterrâneas ou que precisam ser resgatadas em varandas de grandes edifícios.
Atualmente, 30 bombeiros militares têm especialização para atuar nesse tipo de ação. A complexidade de operações deste tipo abrange uma série de medidas e protocolos de segurança que devem ser seguidos para o sucesso no socorro das pessoas.
Isolar a área, verificar a situação da vítima, os riscos do local e também os pontos de ancoragem, que são os lugares seguros em que os bombeiros podem amarrar cordas para realizar o resgate, são condutas básicas. Em casos como estes, para acessar o local e resgatar a vítima, os bombeiros manejam diversos materiais de uso individual e coletivo.
Além de equipamentos padrão, como capacetes, óculos e luvas, também são manuseados assentos de resgate, cordeletes, mosquetões, cordas, fitas, macas e escadas. Esse tipo de ação também é comum no atendimento de casos de pessoas que atentam contra a própria vida. Nessas ocorrências, existe ainda a figura do negociador.
O especialista em resgates de plano elevado do CBMAM, sargento Osmar Gonzaga Pinheiro, fala que o grau de treinamento destas ações é fundamental para habilitar o guerreiro para as ocorrências do dia a dia. “A qualificação específica se chama Curso de Salvamento em Altura (CSALT) e tem duração entre sete e oito semanas, em que o profissional é testado para atuar nas diversas situações de plano elevado”, enfatiza.
O curso tem um alto índice de reprovação por exigir muito da parte física do militar. Para operar nessas ocorrências, o bombeiro deve ter um bom conhecimento técnico e profissional da situação.
Com mais de 15 anos de experiência no CBMAM, o sargento Osmar atua na especialização de salvamento em altura há mais de cinco anos. Entre tantas ocorrências de que participou, ele relembra o resgate bem sucedido de um pintor na região central de Manaus.
“Teve uma ocorrência que foi a retirada de um pintor no plano elevado. O cabo do rolo dele encostou na fiação. Ele recebeu uma descarga elétrica e caiu. Nós usamos uma técnica chamada ‘mão francesa’ com escadas e conseguimos tirá-lo com uma facilidade incrível. Ocorrência bem calma, bem tranquila”.
Em média são contabilizadas de cinco a oito ocorrências por mês em que são acionados bombeiros especializados nessa demanda de resgate.
Para acionamento emergencial do Corpo de Bombeiros, a população deve ligar para o 193. O serviço telefônico é gratuito e funciona 24 horas por dia.
FOTOS: Lucas Silva/Secom (obs.: as fotografias são de simulação de atendimento)