As arboviroses mais comuns em ambientes urbanos são: dengue, chikungunya e zika, transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti
Para chamar atenção de passageiros, trabalhadores e donos de embarcações em relação às medidas de prevenção às arboviroses (doenças causadas por vírus transmitidos, principalmente, por mosquitos), a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM), integrou, nesta terça-feira (21/05), uma ação de educação em saúde na Estação Hidroviária do Amazonas, em Manaus.
A iniciativa, coordenada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), também conta com Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) de Manaus e Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (Amazonastur) e o apoio do Porto de Manaus.
A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, destacou que a atividade fortalece o desenvolvimento das ações da Brigadas contra as Arboviroses implementada no Porto de Manaus. “As equipes de Brigadas contra as Arboviroses possuem equipes capacitadas pela FVS-RCP para identificar e eliminar focos de possíveis criadouros de mosquito Aedes aegypti e afastar o adoecimento dos frequentadores do local”, disse.
Segundo o coordenador regional de Portos, Aeroportos e Fronteiras da Anvisa, Jeferson Caldas, a ação foi solicitada devido ao Amazonas seguir em período chuvoso e sazonal para arboviroses. “A área portuária é uma área que a gente precisa agir de forma preventiva. É uma ação educativa, de orientação e também de avaliação da infraestrutura e dos ambientes, como as embarcações, em relação ao risco relacionado a isso”, disse.
Segundo o representante da FVS-RCP na ação, Jackson Alagoas, a ação foi estrategicamente pensada para o viajante e os transportadores de carga. “A FVS-RCP entra para fortalecer essa iniciativa e que é bem estratégica para reduzir criadouros de arboviroses”, disse.
Uma das passageiras que recebeu as equipes de educação em saúde na ação foi a assistente social Núbia Pricila de Andrade, de 42 anos, que aguardava o horário de saída do barco para Parintins (a 369 quilômetros de Manaus). “É muito importante a gente enquanto sociedade estar nos prevenindo para a gente não ter nenhum índice na nossa família, porque a gente sabe que (a prevenção) começa dentro da nossa casa”, afirmou.
Além das abordagens de orientação em saúde, as equipes da FVS-RCP e Semsa Manaus realizaram exposição educativa sobre o ciclo do mosquito, apresentando de forma lúdica e de fácil entendimento as diferentes formas do mosquito, desde a larva até o mosquito adulto.
Prevenção nas embarcações
Pela Semsa Manaus, Marinélia Ferreira, diretora do Departamento de Vigilância Ambiental e Epidemiológica (Devae) da instituição, destaca que, no Porto de Manaus, uma das principais ações é realizada na estrutura da embarcação.
“Agir com cuidado primordial com os pneus que ficam ao redor das embarcações. Observar se está acumulando água, aplicar o checklist dez minutos dentro da embarcação. Com isso, protege quem está na embarcação e também os municípios onde ela trafega”, destacou Marinélia, citando a vistoria semanal para eliminação de criadouros.
Cenário da doença
No Amazonas, no período de 1º de janeiro até esta quinta-feira (16/05), foram 27.076 casos notificados suspeitos de arboviroses, sendo confirmados, por critério laboratorial ou clínico-epidemiológicos, 4.639 para dengue, 13 para chikungunya, 41 para zika, e, especificamente por critério laboratorial, 2.956 casos de febre Oropouche, 98 casos de febre do Mayaro.
FOTOS: Mauro Neto/Secom