Diminuir a distância entre os serviços de saúde de qualidade e os povos indígenas é uma das propostas promovidas no 1º Encontro Interfederativo de Saúde Indígena, que teve início nesta terça-feira (24/09), no auditório da Universidade Paulista (Unip).
Realizado pela Coordenação de Saúde Indígena, da Secretaria de Estado de Saúde (Susam), o evento reúne lideranças estaduais, municipais e indígenas para discutir e articular responsabilidades na Atenção Integral à Saúde da População Indígena no Estado do Amazonas.
Durante a abertura, o secretário estadual de Saúde, Rodrigo Tobias, reforçou que o objetivo da gestão atual é transformar a saúde do Estado, dando mais visibilidade às necessidades dos indígenas. “Estamos construindo uma gestão comprometida com a saúde, encontrando diretrizes que valorizem a saúde do indígena na sua totalidade”.
Para o secretário, esse é o momento de estabelecer parcerias, unindo estado, municípios e Distritos de Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs), para construir ações alternativas para a saúde indígena.
“O que está no centro do debate nesse evento são as necessidades de integração da saúde indígena, que envolvem tanto os aspectos da cultura, mas, sobretudo, acesso e qualidade da atenção, principalmente dos indígenas não aldeados, que encontram dificuldades para ter serviços de saúde na atenção básica e na especializada”, completou.
A coordenadora estadual de Saúde Indígena, Priscila Siqueira, diz que a expectativa do evento é debater sobre a saúde dessa população, definindo as responsabilidades do poder público com a saúde indígena.
“Durante o evento, profissionais que atuam diretamente com o cidadão indígena no estado, lideranças de saúde vão criar planos de ação e assinar a Pacto de Gestão Interfederativa, que também terá a assinatura de gestores estaduais, municipais e federais”, explica ela.
Programação – Nesta terça-feira (24/09), estava em debate a Atenção Integral à Saúde como direito dos Povos Indígenas; a importância dos sistemas de atenção à saúde (SUS e SasiSUS); integração de sistemas de informações (e-SUS, Siasi, Sinan, Sinasc e SIM) ; o fluxo do paciente indígena isolado e de recente contato; e a utilização dos sistemas de informação para esta população pautar o atendimento às mulheres indígenas, assim como temas relacionados à violência obstétrica e à saúde mental.
Na quarta-feira (25/09), entre os temas debatidos estão a análise situacional da saúde indígena no contexto urbano e rural; análise situacional de saúde por DSEI e municípios com foco no do número de encaminhamentos para média e alta complexidade; oficinas de construção das pactuações interfederativas; apresentações dos planos de ações com definições de responsabilidades; e, por fim, a assinatura do Pacto Interfederativo de Atenção Integral à Saúde dos Povos Indígenas do Estado do Amazonas.
FOTO: Divulgação/Susam