O barco construído “Roberto Santos Vieira”, partiu no dia 28 de setembro com uma equipe de sete pesquisadores e sete tripulantes

O Programa de Monitoramento de Água, Ar e Solos do Estado do Amazonas (ProQAS/AM), desenvolvido por pesquisadores da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), está realizando a quarta expedição científica de monitoramento da qualidade da água do Rio Negro, sétimo maior rio do mundo em volume de água. O barco construído em parceria com Grupo Atem, batizado de “Roberto Santos Vieira”, partiu no dia 28 de setembro com uma equipe de sete pesquisadores e sete tripulantes.

Por conta da seca extrema sofrida pelos rios do Amazonas, a previsão é que a viagem dure 15 dias, período em que serão feitas as coletas pelos pesquisadores. A equipe pretende chegar até a cidade de Santa Isabel do Rio Negro (distante 630 quilômetros de Manaus) Para possibilitar estudos mais abrangentes, o barco possui quatro laboratórios de pesquisa onde serão feitas as análises da água, para evitar que as amostras coletadas se degradem durante o longo trajeto da expedição.

O reitor da UEA, André Zogahib, ressalta a espera pelos resultados obtidos pela equipe de pesquisadores. “Estamos sendo pioneiros e unindo esforços de pesquisadores, cientistas e alunos. É um programa que monitora o sétimo maior rio do mundo em volume de água. Estamos ansiosos pelo retorno da expedição, para conhecer os resultados, as análises e ter maior entendimento sobre quais serão nossas próximas ações na preservação do meio ambiente”, disse.

O professor Sergio Duvoisin Junior, coordenador e criador do ProQAS, afirma que a pesquisa será utilizada em futuros estudos. “Esta é uma campanha importantíssima. Vamos acompanhar os parâmetros de qualidade de água durante o período que está sendo previsto para ser o da maior seca da história. Traremos informações que, no futuro, nos permitirão saber o que estava acontecendo nesta época”, destacou.

Expedição anterior

Na campanha anterior, denominada “Iruri”, o grupo realizou um trajeto de 932 quilômetros de extensão, seguindo até o município de Humaitá (distante 590 quilômetros de Manaus). Foram analisados 164 parâmetros de qualidade, por meio de 54 pontos de coleta. A expedição foi batizada com esse nome em homenagem aos povos nativos da região, que se referiam ao Madeira como Iruri, o rio que treme.

Sobre o ProQAS

Os projetos do ProQAS/AM são divididos nas etapas de Monitoramento de Qualidade de Águas nas regiões da Grande Manaus; de Nova Olinda do Norte – Humaitá (rio Madeira); Manaus – São Gabriel da Cachoeira (rio Negro); Manaus – Tefé (rio Solimões etapa 1); Tefé – Tabatinga (rio Solimões – etapa 2); Manaus – Parintins (rio Amazonas); e rios fronteiriços e transfronteiriços.

Além disso, o programa visa o monitoramento de sedimento de corrente e solos; da qualidade do ar da Grande Manaus; da Água de abastecimento público e do impacto de aterros e lixões nos 62 municípios do Estado. O programa surgiu com o objetivo de colocar em prática uma iniciativa pioneira do Grupo de Pesquisa Química Aplicada à Tecnologia da UEA (GP-QAT/UEA) e, dessa forma, demonstrar à população mundial que a preservação do meio ambiente é tema relevante para os pesquisadores da região.

Para saber mais sobre as atividades do GP-QAT, acesse o site do grupo de pesquisa. https://www.gp-qat.com/

FOTOS : Gustavo Rodrigues/UEA

 

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