Grupo é formado por instituições de saúde do Estado

Reforçando o monitoramento da esporotricose no Amazonas, a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), vinculada à Secretaria de Estado e Saúde do Amazonas (SES-AM), estabeleceu um Grupo de Trabalho (GT) para monitorar a incidência da doença no estado. O grupo conta com a integração de outras instituições de saúde do Amazonas.

No Amazonas, a vigilância da esporotricose é realizada pela Gerência de Vigilância de Doenças Transmissíveis (GVDT) do Departamento de Vigilância Epidemiológica (DVE) da FVS-RCP. Também fazem parte do GT: Fundação de Medicina Tropical – Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), Fundação Hospitalar de Dermatologia Tropical e Venereologia “Alfredo da Matta” (FUHAM), Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado do Amazonas (CRMV-AM) e a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) de Manaus.

A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, acrescenta que o objetivo do GT também é desenvolver diretrizes e protocolos, promovendo capacitação e incentivando pesquisas científicas para facilitar a integração entre instituições envolvidas no controle da doença.

“A iniciativa também visa ampliar o diagnóstico da esporotricose, desenvolvendo protocolos de tratamento, além de monitorar as áreas geográficas da incidência da doença e promover ações de educação em saúde voltadas à prevenção”, destaca a diretora Tatyana.

Representando uma das instituições integrantes do GT, o diretor clínico da Fuham, Renato Cândido, enfatiza que a ação representa aprofundamento das ações de enfrentamento da doença no estado. “A esporotricose é a micose profunda mais prevalente no mundo. Até meados de 2020, nós não tínhamos casos registrados da doença no Amazonas. Por isso, é importante ter a conscientização das pessoas, de todos os envolvidos”, destacou Renato.

Também integrando a iniciativa, o CRMV-AM atua na construção de protocolo de tratamento à doença. “O CRMV/AM está disposto a contribuir com o debate no GT. Nosso objetivo é ajudar a construir um protocolo de tratamento e de controle populacional para os animais e combater essa zoonose”, enfatiza Adriana Oliveira, representante do CRMV-AM.

Esporotricose
É uma micose subcutânea que surge quando o fungo do gênero Sporothrix entra no organismo, por meio de uma ferida na pele. A doença pode afetar tanto humanos quanto animais. A infecção ocorre, principalmente, pelo contato do fungo com a pele ou mucosa, por meio de trauma decorrente de acidentes com espinhos, palha, contato com madeira em decomposição e mordedura de animais doentes.

Fotos: Isaque Ramos/Semsa

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