Diagnóstico visa criação de protocolos de atendimento e suporte a moradores das áreas protegidas do Estado
A Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) apresentou, nesta quinta-feira (20/06), um diagnóstico completo da situação das Unidades de Conservação Estaduais, em decorrência da estiagem deste ano. A proposta é que o mapeamento identifique as principais necessidades e resultem em protocolos de atendimento aos moradores das áreas protegidas.
Ao todo, 13 Unidades de Conservação (UC) apresentaram riscos para o período, que deve ser adiantado em 30 dias e os impactos sentidos já a partir do mês de julho. Nas UC, 245 comunidades devem ser diretamente impactadas por falta de acessibilidade, falta d’água ou de abastecimento de alimentos.
O diagnóstico foi apresentado durante reunião na sede do Governo do Amazonas, quando o governador Wilson Lima reuniu 30 secretarias e órgãos estaduais para tratar das ações no enfrentamento à estiagem 2024 e combate às queimadas. Durante o encontro, foram apresentados os trabalhos já em andamento e o planejamento estadual para os próximos dois meses.
“Desde fevereiro, a Sema, por meio dos gestores das Unidades de Conservação, realiza esse levantamento in loco, para mapear junto aos comunitários quais são as demandas prioritárias de cada comunidade. Nós já estamos antecipando ações de apoio nas UC de maior risco e estaremos nesse atendimento ao longo de todo o período de estiagem”, disse o secretário de Estado do Meio Ambiente, Eduardo Taveira.
O mapeamento detalhado realizado pela Sema será entregue para a Defesa Civil do Amazonas, que apoiará a logística de atendimento nas áreas protegidas prioritárias. “Nós também estamos em articulação com outros parceiros privados e a sociedade civil organizada, para atender as comunidades e mitigar os impactos da estiagem neste ano”, completou a secretária-adjunta de gestão ambiental da Sema, Fabrícia Arruda.
Ações antecipadas
Em um trabalho conjunto com a Defesa Civil do Amazonas, 10 comunidades em três Unidades de Conservação – sendo elas as Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Rio Amapá, Rio Madeira e Igapó Açú – receberam kits do projeto Água Boa. A ação levou benefício direto para 547 famílias, sendo 312 moradoras das comunidades e 235 de localidades vizinhas.
Além disso, foram distribuídos 400 filtros e 60 caixas d’água, fruto de uma parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e apoio financeiro da União Europeia. Os materiais foram distribuídos para 33 comunidades em Unidades de Conservação, com benefício para 853 famílias, que estavam em risco devido à falta de abastecimento de água.
“A filtragem da água tem um papel importante que tem impacto na saúde. E estamos com monitoramento permanente, em especial nas áreas já definidas como áreas de risco”, ressaltou o secretário da Sema, Eduardo Taveira.
FOTO: Alex Pazuello e Diego Peres/Secom