Cestas básicas, caixas d’água e novos purificadores do projeto Água Boa estão entre os itens de primeira necessidade

O governador Wilson Lima acompanhou, nesta quinta-feira (08/08), a preparação de ajuda humanitária para municípios afetados pela estiagem no Amazonas. Inicialmente, 20 cidades que tiveram a Situação de Emergência decretada pelo Governo do Amazonas receberão itens como cestas básicas e caixas d’água, além da instalação de purificadores de água e estações de tratamento móvel.

“Nós já vamos começar a mobilização agora para que a partir de segunda-feira já comece a chegar aos municípios. Levando em consideração a dificuldade que já temos em algumas regiões, nós vamos usar até carroça para poder fazer com que esse alimento chegue até essas comunidades, e aí temos embarcações, voadeiras, carros, vamos usar tudo o que for possível no sentido de logística”, afirmou o governador Wilson Lima.

De acordo com a Defesa Civil, as cidades que receberão o apoio nesta primeira fase de resposta da Operação Estiagem 2024 estão localizadas em três calhas de nível mais crítico: Purus, Juruá e Alto Solimões. Inicialmente serão enviadas mais de 300 toneladas de alimentos para famílias afetadas pela seca, o equivalente a 30 mil cestas básicas para os municípios. O objetivo do Estado é entregar mais de 130 mil cestas.

Para garantir o abastecimento de água potável, o órgão também vai destinar aproximadamente 6 mil caixas d’água de 500 litros para a população armazenar água no período mais crítico da estiagem. Outra medida será instalar mais 17 purificadores de água pelo projeto Água Boa e outras 20 Estações de Tratamento de Água Móvel até o final do ano.

“O governador Wilson Lima é preocupado com as questões que afetam a população. Uma série de providências estão sendo tomadas e o estado atua fortemente de forma integrada com todas as suas secretarias e agora, numa fase de resposta, atua para atender as demandas dos municípios”, afirmou o secretário da Defesa Civil do Amazonas, coronel Francisco Máximo.

Impactos

Monitoramento realizado pela Defesa Civil aponta que, até o momento, mais de 88 mil pessoas foram afetadas pela vazante no Amazonas, aproximadamente 22 mil famílias atingidas. Em prejuízos na agricultura e pecuária, os impactos somam R$ 37 milhões, além de problemas na área da saúde, esgoto, limpeza urbana e educação.

No dia 5 de julho, o governador Wilson Lima instituiu o Comitê de Enfrentamento à Estiagem e decretou situação de emergência em todos os 20 municípios que fazem parte das calhas do Purus, Juruá e Alto Solimões.

O decreto alcança cidades já afetadas pela vazante: Guajará, Ipixuna, Envira, Itamarati, Eirunepé, Carauari, Juruá, Pauini, Lábrea, Tapauá, Beruri, Canutama, Boca do Acre, Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Tabatinga, São Paulo de Olivença, Amaturá, Santo Antônio do Içá e Tonantins.

Planejamento

O governador Wilson Lima tem trabalhado desde 2023 no planejamento de ações para diminuir os impactos da estiagem para a população amazonense. As principais ações em andamento do Governo do Amazonas incluem: abastecimento de água potável, insumos e medicamentos para a saúde, produção rural, logística para a manutenção do funcionamento da rede estadual de educação e ajuda humanitária.

No mês de julho o governador Wilson Lima anunciou a liberação de duas licenças ambientais prévias, concedidas pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), para a instalação de dois portos provisórios, entre Itacoatiara e a enseada do Rio Madeira. A medida busca viabilizar o transporte e o recebimento de insumos para empresas do Polo Industrial de Manaus, além do escoamento da produção.

Em maio deste ano foi anunciada a emissão de licenças ambientais para a dragagem em quatro trechos de rios do Amazonas. O Governo Federal atendeu ao pleito do governador em junho e assinou a publicação de editais para contratação das dragagens com investimentos de R$ 505 milhões.

Ainda em junho, o Governo do Amazonas enviou mais de 160 toneladas de medicamentos e insumos para abastecer a rede hospitalar de 24 municípios do estado. A prioridade é suprir 34 cidades das calhas do Madeira, Juruá, Purus e Alto Solimões.

FOTOS: Alex Pazuello e Diego Peres/Secom

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