Durante três dias, mais de 800 pessoas puderam conhecer unidades de referência tecnológica do café, implantadas em Silves, Itacoatiara e Manaus
A difusão de tecnologias no café amazônico para que o agricultor possa produzir com sustentabilidade, sucesso e dignidade, foi um dos temas propostos no Dia de Campo na Semana da Cultura do Café no Amazonas, que se encerrou na sexta-feira (20/05), na Fazenda Experimental da Ufam (Faexp), no Km 38 na rodovia BR-174, sentido Manaus-Presidente Figueiredo.
Realizada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Emprapa), Universidade Federal do Amazonas (Ufam), em parceria com o Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Produção Rural (Sepror) e do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável (Idam), e a Associação Solidariedade Amazonas (ASA), a atividade apresentou resultados de pesquisa com as novas cultivares híbridas de café, chamadas de Robustas Amazônicos, testadas nas condições do estado do Amazonas, em Unidades de Referência Tecnológica implantadas em Manaus e nos municípios de Itacoatiara e Silves.
O secretário titular da Sepror, Petrucio Magalhães Júnior, afirma que a metodologia de dia de campo, proposta pela Embrapa para aproximar a pesquisa, extensão e o pequeno agricultor é defendida pelo programa Agro Amazonas.
“O Governo do Amazonas tem apoiado novas tecnologias de produção do café Robusta Amazônico com extraordinário desempenho produtivo, tornando-se mais uma alternativa viável para geração de renda aos produtores rurais do Amazonas. É com investimentos no setor primário e em cadeias produtivas como a do café que iremos diversificar nossa matriz econômica”, disse Petrucio.
O Dia de Campo iniciou na terça-feira (17/06) no sítio JotaPê, localizado no Km 08 da rodovia AM-010 (sentido Itacoatiara-Manaus), em Itacoatiara (a 176 quilômetros de Manaus). Na quarta (18/05), o evento ocorreu na sede do ASA, no Km 77 da rodovia AM-363, em Silves (a 204 quilômetros da capital).
A atividade teve seu último dia na sexta-feira (20/05), na Fazenda Experimental da Ufam, em Manaus. Ao todo, participaram mais de 800 pessoas, entre agricultores, técnicos do setor agrícola, estudantes, empresários, representantes de associações, de instituições públicas, de empresas privadas, e diversos segmentos interessados na produção de café na região.
De acordo com o chefe-geral da Embrapa Amazônia Ocidental, Everton Cordeiro, os cafés Robustas Amazônicos, desenvolvida pela Embrapa de Rondônia, abrange variedades com potencial produtivo para o bioma amazônico, que possuem alto valor agregado e que vão gerar renda aos produtores que vivem no interior do estado.
“Interessante ressaltar que não tem desmatado nada para a plantação dos cafés, tem-se aproveitado áreas destinadas a outras atividades que não deram certo. E como é uma cultura nova, não tem praga e nem doenças que ataquem as plantas, o que do ponto de vista ambiental, é ideal para atividade agrícola”, disse Everton.
O evento também contou com o apoio do Instituto Federal do Amazonas (Ifam), Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-AM), Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS), Federação da Agricultura e Pecuária do Amazonas (Faea), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), Prefeitura Municipal de Silves e Prefeitura Municipal de Itacoatiara, e as empresas Três Corações, Eneva S.A., Mil Madeireiras e Fazenda Progresso.
Dados – Segundo o Idam, em 2021, foram produzidas mais de 592 toneladas de café, por 599 produtores rurais no Amazonas, tendo como áreas plantadas 509,61 hectares. Em 2020, foram produzidas 464,23 toneladas, por 628 produtores rurais, tendo como áreas plantadas 508,21 hectares. Já em 2019, foram produzidas 395,81 toneladas, por 528 produtores, em 449,61 hectares plantados.
FOTOS: Emerson Martins/Sepror