O Instituto de Criminalística (IC) e o Instituto Médico Legal (IML) do Amazonas ganharam nesta quinta-feira (14) duas Cabines de Higienização Microbiológicas que foram produzidas e instaladas pelo Sindicato dos Peritos Oficiais do Amazonas (SINPOEAM). A iniciativa é uma parceria do sindicato com a empresa EcoArt, e tem o objetivo de dar mais proteção aos profissionais que compõem a estrutura da perícia diante da pandemia mundial de Coronavírus, além de proteger contra uma gama de outros microorganismos que também são agentes patológicos. A inauguração contou com a presença do secretário de Segurança Pública, Louismar Bonates.

As Cabines de Higienização Humana utilizadas nos grandes centros em todo o mundo têm como foco o combate à contaminação de origem microbiológica. As Cabines de Higienização Microbiológica produzidas pelo SINPOEAM e pela EcoArt têm o funcionamento totalmente automatizado, e consiste no acionamento automático de borrifadores com substâncias específicas para higienizar pessoas, as vestimentas e equipamentos de proteção individual que porventura elas estejam utilizando.

Para o secretário de segurança pública, Louismar Bonates, a iniciativa do SINPOEAM chega em um momento importantíssimo, já que o mundo inteiro vive uma crise sanitária sem precedentes. “A instalação das cabines por parte do sindicato não foi pensando apenas nos peritos, mas também nos demais servidores dos institutos e na própria população, que diariamente precisa acessar os nossos serviços. Até quem estiver passando aqui na frente e sentir necessidade de se higienizar, pode ficar à vontade”, explicou Bonates.

O modelo desenvolvido pela parceria é o aprimoramento técnico das estruturas já utilizadas no mundo inteiro, fruto do esforço de um grupo de trabalho multidisciplinar formado por técnicos da empresa e Peritos das mais variadas áreas de conhecimento (químicos, bioquímicos, farmacêuticos, engenheiros e biólogos). De acordo com o vice-presidente do SINPOEAM, e um dos responsáveis pelo projeto, Ilton Soares, o grupo estudou e analisou a estruturas das cabines, o produto ideal para uso, além da ecotoxicidade ambiental.

“Existem no mercado diferentes produtos sanitizantes e com variadas aplicações. Porém, alguns são inadequados para a utilização nesse tipo de cabine, por sua toxidade ou baixa eficiência. Selecionamos a substância Clorexidina, por ter um amplo espectro de ação microbiológica, baixa ecotoxicidade e preço acessível. A Cloroexidina pode ser encontrada em rótulos de vários fabricantes e com registro em órgãos competentes. É um produto que serve para lavar as mãos, e a diluição é a recomendada pelos fabricantes”, informou.

A equipe agora está finalizando os últimos testes necessários para a elaboração de uma nota técnica, e a tendência é a validação em parceria com Universidade do Estado do Amazonas (UEA). “Já entramos em contato com os profissionais da UEA para análise mais aprofundada do nosso produto final”, frisou o Perito Criminal Fabiano Vargas, Doutor em Biotecnologia e um dos coordenadores do projeto.

Mais proteção

Essa não é a primeira ação do SINPOEAM nesse sentido. No mês passado, o sindicato firmou uma parceria com a UEA que viabilizou a doação de 250 kits de Equipamentos de Proteção Individual (EPI´s) e 100 protetores faciais que estão sendo utilizados por peritos criminais, médicos legistas, odontolegistas e auxiliares de perícia que atuam IML e nas perícias em locais de crime com morte violenta.

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