Agentes vão atuar na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Juma, do Rio Madeira e na Floresta Nacional Aripuanã

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) capacitou e credenciou 34 Agentes Ambientais Voluntários (AAV). Os novos AAV vão atuar como multiplicadores ambientais nas Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Juma, do Rio Madeira e na Floresta Nacional Aripuanã.

A atividade ocorreu nos dias 27 e 28 de maio, na comunidade Boa Frente, localizada na RDS do Juma, no município de Novo Aripuanã (a 227 quilômetros de Manaus). Na ocasião, comunitários selecionados pelas lideranças de suas localidades passaram por uma oficina lúdica para entender sobre legislações ambientais e os princípios da educação ambiental.

“Geralmente é feito a cada dois anos essa capacitação e surgiu a oportunidade agora de fazermos essa atividade na RDS do Juma. Essas pessoas deixaram suas atividades diárias para estar conosco aqui hoje, e é muito gratificante ver essa dedicação”, explicou a gestora da RDS do Juma, Khimberlly Sena.

O Programa Agentes Ambientais Voluntários foi criado pela Sema em 2008, com a proposta de formar comunitários como educadores ambientais, mobilizadores sociais, multiplicadores de lideranças e mediadores de conflitos.

O papel do AAV é orientar a comunidade para preservação e conservação dos recursos naturais nas áreas protegidas, além de realizar reuniões junto às lideranças com o objetivo de planejar ações sustentáveis para a comunidade.

Capacitação e credenciamento

A oficina de capacitação geralmente é lúdica, favorecendo a diversão e a interação entre os participantes, além de se adequar às condições e à realidade de cada comunidade. “Nós tentamos passar da melhor forma os ensinamentos sobre os Agentes Ambientais Voluntários. Mas eles também dão uma aula de conhecimento, a gente sempre tem uma troca”, explicou o gestor da RDS Uatumã e instrutor da capacitação, Cristiano Gonçalves.

As etapas da capacitação são voltadas aos detalhes da atuação do AAV, também sendo uma oportunidade de treinamento para reuniões e eventos promovidos pelos novos agentes. Ao final, cada comunitário recebeu um certificado, uniforme e carteira de identificação como Agente Ambiental Voluntário.

“Quando surgiu a mobilização, meu filho me avisou, e eu disse, ‘ei, eu quero ser do meio ambiente. Eu gosto da área, quero trabalhar, quero estar junto em defesa do meio ambiente.’ Eu estou muito feliz, satisfeita com o trabalho dos instrutores, um trabalho lindo, acredito que meus parceiros também gostaram”, declarou Joenis Bentes, moradora da comunidade Castanhalzinho, da Floresta Nacional Aripuanã.

No decorrer da oficina, os candidatos a AAV elaboraram um Plano de Ação, com problemas ambientais identificados pelos participantes em suas comunidades. Ao retornarem para sua comunidade, os agentes irão trabalhar junto aos comunitários para reduzir ou combater o problema identificado.

Mais credenciamentos

Além da capacitação na RDS do Juma, entre os dias 22 e 23 de maio, outros 44 AAVs foram capacitados e credenciados na Terra Indígena (TI) do Piranha. Ao todo, três áreas protegidas fizeram parte da ação, sendo as RDS do Matupiri e Canumã, além de oito aldeias da Terra Indígena. O trabalho foi uma parceria entre o Governo do Amazonas e o Governo Federal, que realiza a gestão das TIs.

Ambas as atividades receberam o apoio financeiro do Projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia (ASL, sigla do inglês para Amazon Sustainable Landscapes). O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) coordena o ASL Brasil, executado pela Conservação Internacional (CI-Brasil), Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e Fundação Getúlio Vargas (FGV), em parceria com Órgãos Estaduais de Meio Ambiente (OEMAs) e Órgãos Federais responsáveis pela gestão de áreas protegidas.

O ASL Brasil se insere no Programa Regional ASL, financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e implementado pelo Banco Mundial (BM).

Foto: Noir Miranda e Divulgação/Sema

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