Ensaios se intensificam há uma semana da estreia
A performance de circo contemporâneo Sisma estreia no próximo sábado. Devido à pandemia da Covid-19, o espetáculo será realizado de forma híbrida. A gravação das apresentações estão sendo feitas na Grécia, mas a transmissão será no canal do You Tube da artista Lis Nobre (https://www.youtube.com/channel/UCPj3qqWBttbRkmZR0JacegA).
Há uma semana do espetáculo que, apesar de ser um solo da artista manauara, envolve aproximadamente 20 profissionais, entre técnicos e artistas na montagem, os ensaios chegam a durar até 12 horas.
“Eu ensaio no mínimo 12 horas por dia. Na parte técnica são praticamente 12 pessoas. No primeiro dia de montagem, executamos toda a parte técnica de instalação dos aparatos da cenografia e também das instalações aéreas, mas eu não quero adiantar todas as surpresas do espetáculo. Estamos na fase final de ensaios e estamos nos dedicando incansavelmente para que tudo ocorra conforme planejamos”, comentou Lis Nobre.
A apresentação tem 50 minutos de duração e foi inspirada numa experiência da própria artista que em 2018 estava na Grécia, onde reside parte do ano, e vivenciou um terremoto.
Do abalo sísmico surgiu a necessidade de transformar a experiência em arte. Sisma é uma junção dessa experiência com a trajetória da artista que vive entre hemisférios e de suas próprias sismas pessoais ( aquelas ideias fixas que qualquer pessoa pode ter).
Circo Contemporâneo
Lis contou com uma equipe multicultural, como é característica dos espetáculos circenses. O diretor é o francês Xristo Kaouki, a dramaturgia foi assinada pela mineira Juliana Pautilla e a trilha é do manaura, Eliberto Barroncas. A também manauara Yara Costa contribuiu na concepção do espetáculo.
Após as apresentações que vão ocorrer nos dias 15 e 16 de maio, às 16 horas. Parte da equipe (Lis Nobre, Juliana Pautilla, Xristo Kaouki e Yara Costa) vai participar de uma roda de conversas sobre a concepção e os desafios da realização do espetáculo em modo digital.
Sisma, uma performance de circo contemporâneo foi um dos projetos contemplados pelo Prêmio Feliaciano Lana, promovido pelo Governo do Amazonas por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado do Amazonas.
O espetáculo seria apresentado no Teatro Amazonas, mas teve que ser adaptado ao modo híbrido devido às questões sanitárias impostas pela pandemia.
Ponto X
Sisma é o ponto X riscado na fenda entre a matéria e a linguagem. Juliana Pautilla já desenvolveu outros trabalhos com Lis Nobre. A artista cênica é especialista em Sistema Laban-Bartenieff (Faculdade Angel Vianna/2015), graduada em música (UEMG/2010) e foi indicada duas vezes como melhor diretora em Belo Horizonte (prêmio 10º Usiminas-Sinparc e 1º Copasa-Sinparc) pelos espetáculos “Ode Marítima” (2012) e “Se essa rua fosse minha” (2014).
“O trabalho de dramaturgia no Sisma tem dois vieses, um deles é de provocação mesmo. Provocação pra equipe, pro diretor, pra atriz sobre o que estamos falando. A minha contribuição era traduzir de maneira poética toda a construção da performance física do Sisma. O segundo trabalho foi uma construção a partir de textos que a própria Lis me trouxe. É uma costura, tanto da dramaturgia como um todo, quanto do próprio texto mesmo”, explica Juliana.
Para assistir ao espetáculo- que é gratuito – o público precisa fazer um cadastro no Sympla (https://www.sympla.com.br/sisma–estreia-online__1197022).
Serviço
O que: Sisma – Performance de circo contemporâneo
Quando: 15 e 16 de Maio ( sábado e domingo) às 16h
Onde: No canal Lis Nobre no You Tube
Quanto: Gratuito