Famílias com dependentes químicos contam com apoio do Departamento de Prevenção à Violência (DPV) da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM). As ações vão desde a busca por vagas em clínicas de reabilitação terapêutica até o encaminhamento a reuniões de assistência social que ajudam a lidar com o processo.
O primeiro passo é dado pela família e pelo próprio paciente, ao procurar a Secretaria, explica a assistente social do Departamento de Prevenção, Shirlene Souza. A partir daí, é feita uma triagem para iniciar os procedimentos. “A gente conversa com o paciente e atende a família. Depois verificamos o perfil desse paciente, se pode ser tratado no Caps (Centro de Atenção Psicossocial) ou se é para internação”, explicou.
Não são realizadas internações compulsórias, destacou Souza. Ou seja, para que o paciente seja internado, ele precisa estar de acordo. Caso concorde, uma equipe do DPV o acompanha ao local da internação, aguarda a acolhida pela clínica e faz o monitoramento no decorrer do tratamento, bem como o acompanhamento da família.
“Normalmente, quando as pessoas nos procuram, a família já está completamente adoecida. Uma pessoa com dependência química começa a fazer furtos até mesmo dentro de casa e perde, de certa forma, a credibilidade”, disse.
Orientações – Paralelamente à internação do dependente químico, a família participa de reuniões promovidas pela Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas). Nos encontros, histórias semelhantes são compartilhadas e são dadas orientações sobre como receber o paciente quando este retornar ao ambiente familiar.
Agendamentos – Os atendimentos do DPV são exclusivamente presenciais, de 8h às 17h, na sede da SSP-AM, no shopping Manaus Via Norte, localizado na avenida Arquiteto José Henrique Bento Rodrigues, bairro Monte das Oliveiras, na zona norte de Manaus. O atendimento só poderá ser realizado se o paciente comparecer com um acompanhante.
“Em inúmeros casos, as pessoas saem da clínica e conseguem emprego, conseguem se reinserir na sociedade sem problema nenhum. A dependência química é uma doença que deve ser tratada e tem tratamento. Embora a gente saiba que há um processo, um pouco longo, mas tem tratamento, tem acompanhamento”, destacou Shirlene.
FOTO: Divulgação/SSP-AM