O Boi Garantido é o grande campeão do 58º Festival Folclórico de Parintins, conquistando seu 33º título com um total de 1.259 pontos. Em uma das disputas mais equilibradas dos últimos anos, o boi vermelho superou o Caprichoso por apenas 1,1 ponto — o rival somou 1.257,9 na apuração final, realizada nesta segunda-feira (30/06), no Bumbódromo, a 369 quilômetros de Manaus.
Com o tema “Boi do Povo, Boi do Povão”, o Garantido encantou o público e os jurados com uma apresentação dividida em três noites: “Somos o Povo da Floresta”, “Garantido, Patrimônio do Povo” e “Garantido, o Boi do Brasil”.
“Nosso coração está tranquilo pelo trabalho que fizemos. Não costumamos tripudiar com o resultado — ganhamos e vamos comemorar. Não é só o Garantido que vence, é Parintins”, afirmou o presidente Fred Góes, emocionado com o resultado.
A vitória do Garantido foi construída com vantagem mínima em cada noite de apresentação.
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Primeira noite: Garantido 419,8 x 419,6 Caprichoso
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Segunda noite: Garantido 419,5 x 419,3 Caprichoso
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Terceira noite: Garantido 419,7 x 419,0 Caprichoso
Apuração e celebração
A leitura das notas foi conduzida por uma mesa composta pelo secretário de Cultura, Caio André, o presidente da comissão de jurados, João Francisco Lisboa, e representantes dos dois bumbás. Durante a cerimônia, Caio André destacou o papel do festival na economia local e a importância do apoio do Governo do Amazonas para garantir infraestrutura, segurança e geração de oportunidades.
Troféu com identidade amazônica
Neste ano, os troféus entregues aos bois campeão e vice foram criados pelo artista parintinense Lucijones Cursino, também responsável pelo troféu Sincretismo Cultural, lançado recentemente. Inspirado na diversidade cultural da Amazônia, o prêmio traz elementos simbólicos como a cabeça do boi dividida em fatias — cada uma representando etnias, crenças e tradições que formam o festival.
“O Bumbódromo é o templo onde essa disputa acontece. Se o Garantido vence, o espaço se pinta de vermelho; se é o Caprichoso, é o azul que domina. É isso que quis mostrar com a obra”, explicou o artista.
Produzidos em 30 dias, os troféus se tornam agora parte da memória visual de um festival que é, além de espetáculo, celebração da identidade cultural amazônica.
*Com informações da Agência Amazonas
