Os secretários de estado de Desenvolvimento, Tecnologia e Inovação, Jório Veiga; de Produção, Petrucio Júnior; produtores, técnicos e pesquisadores reuniram-se hoje (13/03) para definir estratégias voltadas ao desenvolvimento do setor de meliponicultura (produção de mel) no Amazonas. A regularização da atividade, com a implementação de uma legislação específica para o setor, foi uma das propostas definidas com vistas ao fortalecimento da Cadeia do Mel no mercado local.
O grupo de trabalho formado por representantes dos produtores de mel, técnicos do Governo do Amazonas e pesquisadores apresentarão na próxima quarta-feira, dia 18, um documento com ajustes em proposta anteriormente elaborada, na qual constarão os processos para a regularização da produção como atividade comercial e econômica. A partir dessa regularização, os produtores poderão, entre outros benefícios, acessar linhas de financiamento e fomento, e permissão para comercializar a produção em outros mercados, além do local.
A Rede Mel, entidade que congrega os produtores de mel, estima que existam cerca de 735 meliponicultores espalhados em todo o estado, muitos em áreas remotas, atuando de forma artesanal sem nenhum tipo de apoio ou assistência que garanta uma produção em escala, apesar da qualidade do mel fabricado no Amazonas.
Segundo o secretário Jório Veiga, ao Estado interessa muito apoiar a produção de mel, não só por gerar renda e ocupação nas cidades do interior, mas por ser também um avanço na estruturação de uma rede de bionegócios totalmente alinhada com o princípio da sustentabilidade. “Queremos que o Amazonas seja, nos próximos anos, uma referência de qualidade na produção de mel”, acrescentou.
As ações necessárias para estimular a meliponicultura no Amazonas começaram a ser discutidas na primeira edição da Feira de Sustentabilidade do Polo Industrial de Manaus (Fespim), realizada em novembro.
De acordo com os especialistas, a Cadeia do Mel combina alto potencial de inclusão produtiva e sustentabilidade ambiental, mas enfrenta de um modo geral baixa produtividade e carência de assistência técnica.
FOTO: DIVULGAÇÃO/SEDECTI