Equipamento pulveriza solução de dióxido de cloro estabilizado a 7%

O Hospital de Combate à Covid-19, na Nilton Lins, instalou nesta semana uma cabine de descontaminação exclusiva para os profissionais que estão atuando na unidade. Doado pela empresa Ecoart, o equipamento tem o objetivo de reduzir a transmissibilidade do novo coronavírus e resguardar os colaboradores, incluindo os mais de 400 bombeiros militares da área de saúde convocados para reforçar o atendimento no local.

“A nossa maior preocupação é justamente não ter baixa do nosso efetivo de saúde. A nossa vontade é que essas pessoas que trabalham na linha de frente possam retornar aos seus familiares com segurança”, disse a subdiretora da unidade, tenente Adeagna, do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas.

Segundo ela, o hospital deve receber mais duas cabines na próxima semana, desta vez destinadas aos familiares que vão à unidade para receber informações sobre os pacientes internados. “Nós queremos dar segurança para pessoas que estão visitando o complexo do hospital Nilton Lins”, afirmou a tenente.

Como funciona – Ao entrar na cabine, sensores automáticos de presença acionam uma névoa com solução de dióxido de cloro estabilizado a 7%, seguindo recomendação da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa). O processo leva menos de 10 segundos, o que possibilita o atendimento de mais de 300 pessoas por hora.

“Cada pessoa que passa por essa cabine fica com a pulverização desse produto. Ele fica ativo de três a cinco horas na roupa da pessoa, não é corrosivo. A pessoa pode ir pra casa, então ela vai daqui já com sanitização, uma desinfecção em relação a esse material. Então, é muito importante que a gente tenha a segurança sobre o paciente e a nossa equipe, que estão resguardados com esse produto”, frisou o diretor de logística do hospital, tenente Clodoaldo.

Barreiras biológicas – De acordo com a subdiretora, o Hospital de Combate à Covid-19 criou fluxos específicos de paramentação e desparamentação para os colaboradores. As cabines de descontaminação vêm para se somar às medidas sanitárias e de segurança biológica empregadas no local.

“O funcionário entra, faz a higienização com álcool 70%, álcool em gel, entra na cabine, então é acionado o sistema, que faz todo o procedimento. Temos dois vestiários aqui na entrada de funcionários, então a pessoa que vem com a roupa de casa pode substituir no vestiário por outra roupa que ela vai utilizar no trabalho, depois ela vai para o setor e lá ela faz a paramentação”, explicou a tenente Adeagna.

“Na saída é a mesma coisa. Vem para o vestiário, toma banho, troca de roupa, bota aquela roupa utilizada no hospital em um saco com o seu nome, vem para a cabine, faz a higienização, e ela pode seguir normalmente para sua casa com segurança”, acrescentou.

FOTOS: Rell Santos/Secom

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