Bens intermediários representam 87% do total e sinalizam ritmo forte da indústria local. (Foto: Agência Brasil)

O Amazonas mantém uma trajetória consistente de crescimento no comércio exterior. De janeiro a maio de 2025, o Estado registrou US$ 6,97 bilhões em importações — alta de 1,66% em relação ao mesmo período de 2024, quando o volume foi de US$ 6,85 bilhões. Os dados são da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti).

O desempenho reforça a pujança da indústria local, especialmente do Polo Industrial de Manaus (PIM). Cerca de 87% das importações do período correspondem à compra de bens intermediários, ou seja, insumos utilizados na fabricação de produtos finais como motocicletas, eletrodomésticos, celulares e televisores.

Segundo o assessor econômico da Sedecti, Alcides Saggioro, esse perfil reforça a dinâmica produtiva do Estado.

“Os bens intermediários são utilizados na elaboração de outros produtos, o que indica movimentação em diversos setores industriais. Boa parte dessas importações abastece o Polo Industrial de Manaus, funcionando como termômetro da atividade econômica local”, explica.

O retrato industrial do Amazonas em 2025

Entre os itens importados no acumulado dos cinco primeiros meses do ano, os bens intermediários lideram com folga, somando US$ 6,07 bilhões — o equivalente a 87,06% do total. Na sequência, aparecem:

  • Bens de Capital (máquinas e equipamentos): US$ 416,3 milhões (5,97%)

  • Combustíveis e Lubrificantes: US$ 366,1 milhões (5,25%)

  • Bens de Consumo: US$ 118,7 milhões (1,70%)

Desempenho mês a mês

O levantamento da Sedecti mostra como as importações variaram ao longo dos meses, com destaque constante para os bens intermediários:

  • Janeiro: US$ 1,51 bilhão – 84,95% em bens intermediários

  • Fevereiro: US$ 1,28 bilhão – 88,39% em bens intermediários

  • Março: US$ 1,36 bilhão – 86,27% em bens intermediários

  • Abril: US$ 1,40 bilhão – 89,41% em bens intermediários

  • Maio: US$ 1,43 bilhão – 86,59% em bens intermediários

Destaques mensais:

  • Janeiro teve a maior fatia de combustíveis (7,08%)

  • Abril concentrou o maior percentual de bens intermediários (89,41%)

  • Maio registrou o pico dos bens de consumo (2,21%)

Histórico de crescimento

As importações do Amazonas vêm crescendo de forma consistente nos últimos anos. Em 2024, o Estado alcançou seu maior volume histórico: US$ 16,1 bilhões — um salto frente aos US$ 12,6 bilhões registrados em 2023. A série histórica mostra a seguinte evolução:

  • 2024: US$ 16,1 bilhões

  • 2023: US$ 12,6 bilhões

  • 2022: US$ 14,2 bilhões

  • 2021: US$ 13,2 bilhões

  • 2020: US$ 9,7 bilhões

  • 2019: US$ 10,2 bilhões

  • 2018: US$ 10 bilhões

Se o ritmo atual se mantiver, 2025 tem potencial para repetir — ou até superar — o recorde do ano passado, fortalecendo ainda mais a posição do Amazonas no cenário nacional do comércio exterior.

*Com informações da Agência Amazonas

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