As estratégias de imunização incluem campanhas itinerantes e ações casa a casa para ampliar a cobertura vacinal, especialmente nas áreas mais afastadas. (Foto: Agência Brasil)

Com a chegada do período mais chuvoso no Amazonas, os cuidados com a saúde respiratória precisam ser redobrados. Mesmo com a redução de casos graves em comparação ao ano anterior, o número de internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) ainda preocupa as autoridades de saúde no Estado.

De acordo com a gerente de Vigilância de Doenças Transmissíveis da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-RCP), Lilian Furtado, mais de 1.500 pessoas foram internadas por SRAG nas últimas três semanas, sendo mais de 300 por vírus respiratórios. A influenza segue como a principal causa dessas internações.

“Nas últimas três semanas nós temos mais de 1.500 casos de pessoas internadas com síndrome respiratória aguda grave, e dessas, mais de 300 são por vírus respiratórios né, e a maioria é por influenza”, destacou.

O cenário é considerado típico para esta época do ano, quando os vírus respiratórios tendem a circular com mais intensidade. Segundo a FVS, além da Influenza, há registro da presença do vírus sincicial respiratório, rinovírus e até mesmo do coronavírus, que continua circulando na população.

“Nós ainda estamos no período sazonal. Esses vírus têm circulação ao longo de todo o ano, mas neste momento o número de casos tende a aumentar. Hoje temos a circulação do vírus da Influenza, que é a principal causa de SRAG, mas também do vírus sincicial respiratório, rinovírus e covid”, explicou Lilian.

Os grupos mais vulneráveis permanecem sendo os idosos e crianças menores de um ano. Por isso, os especialistas reforçam medidas preventivas simples, como a lavagem frequente das mãos, uso de máscara em locais fechados ou com aglomeração e, principalmente, a vacinação.

A subgerente de Imunização da FVS-RCP, Cléia Martins, chama atenção para a importância da vacina contra a Influenza, que está disponível gratuitamente em todas as unidades de saúde do Estado.

“A primeira coisa é a lavagem das mãos, que é superimportante, assim como o uso de máscaras e a etiqueta respiratória. Essas ações ajudam a evitar a disseminação do vírus. Vale lembrar que essa é uma vacina disponível para toda a população, então quem ainda não se vacinou pode procurar a unidade de saúde mais próxima”, orientou Cléia.

A vacina está acessível nos 62 municípios do Amazonas. As estratégias de imunização incluem campanhas itinerantes e ações casa a casa para ampliar a cobertura vacinal, especialmente nas áreas mais afastadas.

“Estamos disponibilizando a vacina em todos os municípios e em todas as campanhas. Também fazemos ações extramuros e casa a casa. É importante que a população aproveite essas mobilizações nos bairros para se vacinar”, reforçou a subgerente.

A orientação da FVS é prevenir. Com atitudes simples e acesso à vacinação, é possível reduzir os riscos e proteger os mais vulneráveis neste período crítico para as doenças respiratórias.

*Com informações da repórter Ramilly Vieira

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