Em reunião por videoconferência com governadores dos estados, na tarde desta quarta-feira (25/03), o governador do Amazonas, Wilson Lima, defendeu que construam, em cooperação, soluções para diminuir os efeitos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) sobre a economia dos estados e do país. Ele reforçou que o momento é de união.
“É importante que haja um alinhamento entre os governadores sobre decisões econômicas, alinhadas com nossos secretários de Fazenda, porque no momento em que há uma decisão isolada, acaba enfraquecendo essa nossa união, enfraquecendo qualquer atividade em conjunto que nós possamos ter”, disse Wilson Lima durante a reunião, da qual participaram 26 governadores dos estados e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.
O governador do Amazonas defendeu, ainda, que o combate à disseminação do Covid-19 exige que Estados e União encontrem um caminho de entendimento no que diz respeito às regras de fluxo em rodovias, hidrovias e aeroportos.
“Algumas coisas precisam ficar claras nesse combate a essa pandemia. Há necessidade de fazer um regramento daquelas questões que são conflitantes de competência do Estado, da União, como por exemplo rodovias, rios, aeroportos, o que é de competência da Anvisa e do Governo do Estado”, frisou.
Ele disse que esse entendimento é necessário para respaldar ações restritivas de fluxo necessárias no estado. “Se não há isso por parte do Governo Federal, é necessário que a gente encontre um outro caminho pra que dê legalidade as nossas ações, porque tenho certeza que todos os governadores aqui estão tomando medidas para proteger seu povo, da mesma fora que eu estou fazendo aqui”, disse Wilson Lima.
A preocupação, reforçou o governador, é principalmente controlar a disseminação do vírus no interior do Amazonas, onde o acesso em grande parte dos municípios é feito por via fluvial. “Eu estou tendo uma grande preocupação com relação a essa questão do coronavírus porque nós já tivemos aqui o primeiro óbito. No interior o acesso é difícil, se eu tenho uma pessoa contaminada no interior e essa situação se agrava, eu só tiro de avião. E eu tenho um problema muito grave aqui por conta da distância”, completou.
Foto: Maurílio Rodrigues/Secom