O governador do Amazonas, Wilson Lima, recebeu, nesta segunda-feira (03/05), o corpo técnico da Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam) para tratar sobre a conclusão da obra do Hospital do Sangue, hoje com 70% de execução. A expectativa é que a obra seja entregue no próximo semestre e a nova unidade comece a funcionar por etapas.

O governador determinou que o Hemoam e a Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) trabalhem no cronograma com as etapas de funcionamento.

“Precisamos fazer um planejamento escalonado de progressão devido às limitações orçamentárias. Inclusive em relação à contratação de pessoal. Neste momento, por conta da pandemia e das limitações que ela impõe, o Estado não pode assumir despesas de caráter permanente. Mas nós temos que buscar uma alternativa que a gente consiga executar. Eu tenho o compromisso para que esse processo avance”, disse o governador.

A diretora-presidente do Hemoam, Socorro Sampaio, afirma que atrasos nos repasses federais prejudicaram o ritmo, mas que, ainda assim, o Governo do Amazonas deu um impulso na obra que estava paralisada desde 2017 e foi retomada em 2019, quando Wilson Lima assumiu o Governo.

“A contrapartida do Estado vem sendo repassada regularmente. Tivemos um atraso no repasse federal e esse ano foi bem maior por conta do atraso de liberação do orçamento. Nós temos a 9º medição desde dezembro (pendente) e, agora, foi liberada, com o pedido do governador ao novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Isso dá um fôlego para a construtora adquirir o que está pendente”, explicou a diretora-presidente da Fundação Hemoam.

No dia 22 de abril, quando esteve em Brasília, o governador Wilson Lima solicitou a liberação de recursos para as obras do hospital, pleito atendido pelo ministro, com o recurso liberado no último dia 27.

Além da questão do repasse, a obra do Hospital, que em 2019 teve um avanço significativo, sofreu desaceleração a partir de março de 2020, em virtude da pandemia. Na segunda quinzena de março de 2021, as obras retomaram ao ritmo regular.

A obra do Hospital do sangue começou em 2014 sendo paralisada em 2017, após a construtora responsável à época desistir. A retomada se deu a partir da gestão de Wilson Lima quando houve um impulso, principalmente após o Estado assumir unilateralmente o aditivo de R$ 9 milhões necessários para a conclusão.

Inicialmente, o valor da obra estava orçado em quase R$ 40 milhões, segundo Socorro Sampaio. Desse total, cerca de R$ 9 milhões eram recursos estaduais e o restante de recursos federais. Com o aditivo, o valor está em pouco mais de R$ 49 milhões.

Ampliação do atendimento – O complexo tem capacidade total de 190 leitos para o tratamento das doenças do sangue, como as leucemias e anemias falciformes e para atender pacientes oncológicos.

Desse total, 156 são para internação e outros 34 destinados a finalidades diversas, desde emergências até casos de pacientes que necessitam de isolamento. A nova estrutura contará com uma ala exclusiva para Transplante de Medula Óssea. Hoje o Hemoam dispõe oficialmente de 26 leitos de internação.

Com a conclusão do Hospital do Sangue, os pacientes em tratamento devem passar de aproximadamente 1,2 mil pra quase 3 mil. A quantidade de consultas realizadas por ano vai passar de 26 mil para 78 mil.

Estrutura – O prédio principal terá cinco andares e comportará UTIs adulto e infantil, farmácia 24 horas, centro cirúrgico de média complexidade e central de diagnóstico por imagem. O complexo também contará com um bloco destinado ao almoxarifado, outro para lavanderia e cozinha e mais um destinado à garagem e apoio.

O hospital está sendo construído atrás da Fundação Hemoam, numa parte do terreno que pertencia ao Hospital Psiquiátrico Eduardo Ribeiro e que, em 2011, foi cedido para a instituição. Parte dos equipamentos do novo hospital já foi comprada e está sendo entregue para a Fundação Hemoam. Após a inauguração do hospital, as insta

lações atuais da Fundação Hemoam continuarão funcionando com o setor administrativo, a coleta e distribuição de sangue, laboratórios de análises clínicas e o departamento de ensino e pesquisa.

Fotos: Diego Peres/Secom

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