O tema “Água como fonte de vida” marcou o debate do segundo dia do 1º Seminário de Segurança Alimentar e Nutricional, realizado na manhã desta sexta-feira (26/04). O evento encerrou à tarde com uma mesa redonda que tratou sobre desperdício de alimentos no Estado do Amazonas, estratégias e desafios.

O encontro foi promovido pela Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisam) em parceria com a Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas) e contou com a participação de mais de 20 municípios.

Na avaliação da secretária executiva da Caisan, Érica Bernandes, o evento foi muito proveitoso e atingiu seu objetivo que era sensibilizar os municípios sobre a adesão ao Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisam). A secretaria acredita que até o final do ano sejam efetivadas algumas adesões ao sistema. “Hoje mesmo alguns participantes dos municípios nos pediram o contato para tratar do assunto”, informou.

Para aderir ao Sisam é necessário que o município crie uma Lei de Segurança Alimentar, que abre precedente para dois decretos: um para criar o Caisam municipal, que é governo; o outro para criar o Consea municipal, representado pelas Organizações da Sociedade Civil (OSC’s).

A pesquisadora e técnica da equipe do Conselho de Segurança Alimentar Nutricional do Amazonas (Consea/AM), Cintia Martins, explicou que cada município tem uma realidade diferente. “Uma lei de Manacapuru não vai se adequar a São Gabriel da Cachoeira porque lá os costumes são outros, haja vista que a população do município é formada, em sua maioria, por povos indignas, daí a necessidade de que cada um tenha a sua própria lei”, disse.

Cintia Martins disse que a ideia era envolver os 62 municípios do Amazonas, porém a logística e a falta de apoio por parte de algumas prefeituras municipais impediu que mais municípios fossem representados. De acordo com a representante do Consea/AM, a maior participação foi da Região Metropolitana de Manaus (RMM), mas também participaram outros municípios distantes, como São Gabriel da Cachoeira e Santa Izabel do Rio Negro. “Os participantes do evento serão agentes veiculadores dessas informações”, frisou.

Fonte de vida – Na Mesa Redonda sobre a Água, o coordenador da Sares, Fórum das Águas, Padre Paulo Tadeu, destacou a importância do produto, lembrando que a água é um direito humano e não pode ser tratado como ‘negócio’. O religioso defendeu construção de políticas no sentido de inserir o tema na pauta do Estado. “Precisamos preservar a água, pois é única fonte que se extinta leva à destruição da terra”, disse.

Alunos da professora doutora Selma Batista, da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), e coordenadora do projeto Salve o Mindu, trataram sobre o projeto que visa proteger o igarapé que tem a maior extensão em área urbana atravessando 12 bairros de Manaus.

No final dos trabalhos, a representante do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), doutora Dionísia Naghama, tratou sobre o aproveitamento de alimentos em sua essência.

FOTOS: DIVULGAÇÃO/SEAS

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